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Pesquisadores descobrem espécie de ave da Caatinga que surgiu a partir de oscilações climáticas

Redação19 de junho de 20246min0
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Indivíduos da nova espécie, até então, eram considerados parte de outro grupo de pássaros

Pesquisadores descobriram diferenças genéticas, de plumagem e de canto entre um grupo de aves da Caatinga conhecidas como choca-do-nordeste. A partir de dados genéticos inéditos, os investigadores constataram a divisão do grupo em duas espécies distintas.

Os indivíduos da nova espécie, até então, eram considerados parte da espécie Sakesphoroides cristatus. Cientistas acreditam que alterações no curso do rio São Francisco e oscilações climáticas ocorridas ao longo de um milhão de anos causaram as distinções entre as espécies.

A descoberta foi realizada por cientistas do Instituto Tecnológico Vale (ITV-DS), Museu Paraense Emílio Goeldi e das universidades federais do Pará (UFPA) e do Rio Grande do Norte (UFRN). A nova espécie recebeu o nome Sakesphoroides niedeguidonae.

Com análise de 1079 aves, a pesquisa incluiu 92 exemplares preservados em museus e 987 fotografias digitais, além de 115 gravações sonoras e 58 amostras de material genético. Foram estudados 568 registros de ocorrência, permitindo a estimativa da história genética e das relações de parentesco entre as linhagens.

Exemplar de Sakesphoroides cristatus

Joao Quental (Wikipédia)

A equipe descobriu ainda dois padrões distintos no canto das aves, correlacionados com diferenças na plumagem das fêmeas, e uma variação genética entre os grupos.

Os achados chamam atenção para a diversidade da Caatinga. “Estamos vendo que a Caatinga tem espécies ainda não descritas de todos os grupos e, quanto mais frequente for a incorporação de dados moleculares nos estudos, maior é a chance de encontrar novas espécies”, comenta Alexandre Aleixo, pesquisador do Instituto Tecnológico Vale (ITV-DS) e autor do artigo

A partir da hipótese de diversificação da Caatinga mediada pelo rio São Francisco e das oscilações climáticas históricas, o grupo planeja continuar testando esses padrões em outras espécies com distribuição similar. “Queremos também trabalhar com genomas completos em torno dessa nova espécie e entender melhor como é a relação com a espécie irmã quando elas se encontram”, conclui Aleixo.

Fonte: Itatiaia

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