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Médico alerta sobre câncer de pênis, tumor que causa mais de uma amputação por dia no Brasil

Redação20 de junho de 20245min0
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Oncologista Bruno Favato Neto, do grupo Oncoclínicas, explica que diagnóstico nos estágios iniciais é fundamental para a cura

O câncer de pênis acomete 1,3 a cada 100 mil brasileiros e provocou, entre 2007 e 2022, 7.790 amputações do órgão genital, somente em cirurgias realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Isso representa uma média de 486 por ano. Os dados são do Ministério da Saúde.

Mas como identificar a doença? Quais sinais devem ser observados? Quando procurar um médico?

O oncologista Bruno Favato Neto, do grupo Oncoclínicas, explica que o câncer de pênis é é frequentemente diagnosticado nos estágios iniciais, o que leva a um índice de cura de mais de 80%.

“Geralmente, ocorre na região da ‘ponta’ do pênis (glande e prepúcio), como uma lesão visível (ferida ou uma verruga) que não cicatriza e pode ou não estar associada a dor e sangramento. Neste caso o paciente deve procurar um médico para avaliação e indicação de biópsia para um diagnóstico correto”, orienta o médico, formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e membro colaborador da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica.

O médico também tirou outras dúvidas sobre a doença: Confira:

Quais são as principais causas do câncer de pênis?
Os principais fatores de risco para câncer de pênis são fimose, inflamações crônicas da região do prepúcio (balanopostites), lesões dermatológicas, como o líquen escleroso, tabagismo, infecção pelo papilomavírus humano (HPV), que ocorre em até 50% dos cânceres invasivos, condiloma acuminado, baixo nível socioeconômico, má higiene e múltiplos parceiros sexuais.

Como é feito o tratamento?
Após o diagnóstico inicial por biópsia, são necessários exames clínicos e, por vezes, de imagem para definição do estágio da doença. Nos casos iniciais, o tratamento é feito com cirurgia, com a preocupação de obtenção de margens livres com preservação do pênis. Entretanto, em lesões maiores e mais invasivas, pode ser necessária uma cirurgia mais ampla, chegando até a uma retirada total do pênis, chamada de penectomia, e dos gânglios linfáticos inguinais.

Em casos de doença com a apresentação inicial mais avançada, pode ser necessário um tratamento com quimioterapia prévia, seguida de cirurgia. Os casos de doença metastática (com o envolvimento de outros órgãos) têm um prognóstico muito ruim, e o tratamento de escolha é a quimioterapia. Os pacientes que apresentam uma boa resposta podem ser conduzidos para uma abordagem cirúrgica.

O câncer de pênis pode matar?
Sim. O câncer de pênis, apesar de raro (representa cerca de 2% dos cânceres masculinos), é extremamente agressivo, e o diagnóstico e tratamento precoce tem grande influência no prognóstico da doença.

Desde 2016, está disponível no Brasil pelo SUS a vacina contra o HPV também para indivíduos do sexo masculino. A vacina utilizada é a quadrivalente, que contempla os subtipos 6, 11, 16 e 18, e está indicada para meninos de 11 a 14 anos, pacientes entre nove e 26 anos HIV positivos, transplantados e com diagnóstico de câncer.

Não existem dados ainda que confirmem que a vacinação contra o HPV reduza a incidência do câncer de pênis, mas já foi observada a redução de verrugas genitais e lesões pré-malignas. Provavelmente, um acompanhamento mais longo é necessário para avaliar se a vacinação de homens e meninos impactará o surgimento de novos casos de câncer de pênis.

Fonte: Itatiaia

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