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Número de golpes do ‘falso protesto’ crescem em Minas; veja como não cair nessa falcatrua

Redação3 de julho de 20244min0
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Criminosos procuram pessoas que possuem dívidas em cartórios para aplicar o golpe

O golpe do “falso protesto” vem chamando a atenção em Minas Gerais. Segundo um estudo feito pela Serasa Experian, mais de 60 mil casos foram registrados apenas em fevereiro deste ano no estado. Criminosos, com acessos aos dados pessoais das vítimas ou empresas, enviam intimações ou notificações falsas por telefone ou whatsapp com uma cobrança fraudulenta, prometendo dar baixa nos títulos nos cartórios.

O documento enviado pelos criminosos possui o brasão da república e logotipo falso de cartório, papel timbrado, número de selo digital (falso) de Tribunal de Justiça e diversas outras características que o fazem parecer oficial. Ele também possui informações como o nome, CNPJ/CPF, dados de contato e endereço do suposto devedor.

Para não cair no golpe, a primeira coisa que quem possui alguma dívida protestada precisa fazer é entender a sua situação fiscal. Depois, ao receber o documento, ficar atento aos detalhes como selos, informações e dados para identificar possíveis fraudes.

Outra recomendação é ficar atento à origem da intimação, se ela veio de uma fonte oficial ou não e desconfiar das solicitações de urgência de pagamento.

Para pressionar as vítimas, golpistas podem exigir o pagamento imediato de um valor. Isso pode ser feito também sob ameaça. Segundo o presidente do Instituto de Protestos de Minas Gerais (IEPTB/MG), Leandro Gabriel, esse é um dos principais meios usados pelos criminosos para conseguir aplicar o golpe. “O golpista entra em contato com o devedor, afirmando existirem débitos que precisam ser pagos até determinado horário, sob a ameaça do título ser protestado. A empresa, aflita com a possibilidade de sofrer sanções financeiras, cede e efetua o depósito”, diz.

O presidente ainda destaca a quantidade de vezes em que a fraude vem acontecendo no estado. “Isso tem acontecido de forma recorrente. Recebemos casos em que a vítima é contatada por ligação telefônica ou whatsapp. Os golpistas se passam por tabeliães de cartórios fictícios e solicitam a quitação das taxas cartorárias, por meio de boletos falsos ou links de pagamento, confirmando o  cancelamento imediato do título referente à dívida protestada”, explicou Gabriel.

Para quem está devendo um cartório, existe um procedimento específico. O devedor receberá uma intimação prévia à efetivação do protesto. “Antes de um título ser protestado, o tabelionato encaminha, por meio dos Correios, um documento registrado informando o débito e o boleto com o valor integral da dívida a ser paga. Após receber a intimação, o devedor tem três dias para pagar ou questionar o título”, explica.
O Instituto também possui uma plataforma  de consulta e pagamento online das dívidas levadas a protesto, chamada de Limpa Protesto, que permite os pagamentos de forma eletrônica.

A plataforma foi implementada em 2019 e a expectativa do IEPTB MG é que, até o final de 2024, mais de R$ 1 milhão de taxas cartorárias sejam pagas para o cancelamento dos títulos, que tiveram suas dívidas quitadas.

Fonte: O Tempo

Redação


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