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Consumo de refrigerantes e sedentarismo: Aumento da infertilidade vai além de doenças já conhecidas

Redação9 de julho de 20246min0
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1 em cada 6 adultos do planeta sofre com a condição, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS)

O aumento da infertilidade entre casais em todo o mundo é um fato comprovado. Segundo o relatório publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado em 2023, cerca de 17,5% dos adultos – 1 em cada 6 no planeta – sofrem com a condição. No Brasil, 8 milhões de pessoas podem ser inférteis, segundo a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida.

Além das doenças e infecções já conhecidas, como a endometriose e síndrome dos ovários policísticos- no caso das mulheres- e criptoquidia, má formação dos testículos- nos homens-, o estilo de vida também é um fator importante que pode alterar a fertilidade de casais.

O tabagismo, uso excessivo de álcool, consumo de alimentos industrializados e o sedentarismo também são fatores apontados pela ciência e por médicos quando o assunto é a dificuldade para ter filhos.

“Cada vez mais a gente vê que a questão da alimentação, estilo de vida, prática de esportes, manter um índice de massa corporal e peso dentro do adequado, tudo isso ajuda na fertilidade, especialmente na mulher. A gente sabe que a obesidade está muito associada a distúrbios ovulatórios e até na manutenção da gravidez. A gente tem dado muita importância para o estilo de quando a questão é a infetilidade”, afirma o médico Flávio Santos Vasconcelos Barros, ginecologista da Unimed-BH, em entrevista ao portal O TEMPO.

Estudos, inclusive, comprovam os pontos defendidos pela medicina. Segundo Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), fumantes, sejam eles homens ou mulheres, têm três vezes mais chances de sofrerem com a infertilidade em comparação aos que não fumam.

Já em relação à alimentação, uma bebida popular em todo o mundo também pode ser uma grande vilã de mulheres que sonham em se tornar mães. Uma pesquisa da Boston University School of Medicine, feita com americanas e canadenses de 21 a 45 anos, apontou que aquelas que consumiam pelo menos um copo de refrigerante por dia tinham 25% menos chances de engravidar.

Mito do anticoncepcional

Ao contrário do que muitos pensam, o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais não está relacionado com a dificuldade de mulheres em ter filhos. Pelo contrário, não há estudos que comprovem a relação e, em alguns casos, a pílula pode ajudar:

“Não existe uma evidência que o uso prolongado dos métodos hormonais possam levar à infertilidade. Se a gente pensar, por exemplo, que as mulheres usam os métodos hormonais para dificultar o avanço da endometriose, a gente pode até imaginar que esses pudessem ajudar. Não existe nenhuma correlação conhecida de uso de métodos hormonais e infertilidade”, salienta o ginecologista Flávio Santos.

O médico afirma que é essencial que o casal cuide da vida sexual, mantenha o número de relações adequadas e crie um clima de romance.

Afeta todas as classes sociais

O relatório da Organização Mundial de Saúde também aponta que a prevalência da infertilidade afeta todos os países, sejam eles ricos, pobres ou emergentes.

“O relatório revela uma verdade importante, a infertilidade não faz discriminação. A grande proporção de pessoas afetadas mostra a necessidade de ampliar o acesso aos cuidados de fertilidade e garantir que esse problema não seja mais deixado de lado nas pesquisas e políticas de saúde, para que as pessoas, que desejam, tenham formas seguras, eficazes e acessíveis de ter filhos”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.A diferença é que os tratamentos para a infertilidade, que são muito caros, são mais acessíveis para pessoas que vivem em países mais ricos, já que esses casais gastam uma parcela menor de seus salários para esse gasto destinado a tratamentos de fertilização in vitro, por exemplo:

“Milhões de pessoas enfrentam despesas catastróficas para tratar a infertilidade, tornando esta questão uma importante questão de equidade e, muitas vezes, uma armadilha da pobreza. Melhores políticas e financiamento público facilitariam muito o acesso ao tratamento e poderiam proteger as famílias mais desfavorecidas de cair na pobreza”, afirmou o médico Pascale Allotey, diretor do Departamento de Pesquisa e Saúde Sexual e Reprodutiva da OMS.

Fonte: O Tempo

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