Seca no Sul de Minas é umas das mais rigorosas, mas não chega atrapalhar a colheita de café na região

O agro é uma indústria a céu aberto, portanto vive os desafios das mudanças climáticas e vai se adaptando. A massa de ar seco em todo país tem colocado a agricultura com grandes desafios e, claro, enormes problemas também. O Mapa da Seca, produzido mensalmente por especialistas de instituições de diversos estados, revela um cenário de pouca umidade na comparação entre os meses de junho e julho. Na região sudeste, São Paulo e Espírito Santo se juntam a Minas Gerais no cenário em que a seca prevalece, com cidades que não registram chuva há mais de cem dias.

Apesar desse cenário ser complicado para muitas culturas, a falta de umidade não chega a ser um problema para a produção de café no Sul de Minas, já que a seca é desejável para esse período da colheita. O presidente do Centro do Comércio de Café do Estado de Minas Gerais , Ricardo Schneider, explica que o inverno mais quente aumenta a transpiração do solo e que os produtores esperam que as chuvas voltem no final do inverno. “No Sul de Minas, região cafeeira, o ciclo está dentro de uma normalidade. As ondas de calor do fim do ano é que causaram dificuldades, inclusive, o que fez com que entrássemos neste período de seca com menos reserva. O setor segue em atenção para a próxima etapa”, lembrou.

Essa próxima etapa climática é no fim de agosto, início de setembro, onde as chuvas são esperadas. E a julgar pelas previsões, ela virá. Segundo boletim do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), no período entre 29 de julho e 05 de agosto já tem previsão de chuvas avançando rumo ao Sudeste e no mês de setembro, especialmente no fim da segunda quinzena.

O Centro Europeu de Previsões Meteorológicas a Médio Prazo (ECMWF) tem previsões de continuidade da umidade sobre a região sudeste.

Fonte: Itatiaia