Golpe do falso emprego: confira 11 dicas para não cair nas fraudes disfarçadas de oportunidade
Com 8,6 milhões de desempregados, o Brasil tem um público volumoso para cair em mais uma fraude: o golpe do falso emprego. Criminosos se passam por recrutadores e, com promessas de oportunidade, conseguem dados e dinheiro das vítimas.
O golpe do falso emprego pode surgir de várias formas. A mais comum segue o padrão de outros golpes e começa com uma mensagem por SMS ou WhatsApp. Nela, os criminosos oferecem um trabalho geralmente de fácil execução, poucas horas de jornada e boa remuneração.
O que parece uma chance de ouro é somente uma isca. Em um dos esquemas, os golpistas enviam um link que, quando é aberto, rouba dados da vítima, muitas vezes vendidos para outros criminosos aplicarem mais golpes. Em outro, afirmam que, para participar do processo seletivo, o candidato precisa pagar uma taxa ou um curso — e o dinheiro nunca mais é recuperado.
Empresas conhecidas no mercado, como a plataforma de recrutamento Vagas e a especialista em análise de crédito Serasa confirmam a ocorrência desse tipo de golpe e dão dicas para quem está buscando um emprego não cair nele. Confira 11 delas abaixo:
- desconfie de propostas boas demais, com condições muito superiores às habituais do mercado;
- evite vagas genéricas, que não exigem nenhuma habilidade dos candidatos;
- não clique em links duvidosos. O link das vagas legítimas geralmente leva a uma plataforma de recrutamento ou ao site da própria empresa;
- pesquise as redes da empresa. Quando o golpe é recorrente, as próprias empresas ou plataformas costumam já ter alertado sobre ele nas redes sociais, no site ou em reportagens;
- não aceite realizar cursos preparatórios pagos para a vaga;
- não pague por exames ou testes admissionais. Eles só são realizados após a seleção e pagos pela empresa;
- não forneça documentos pessoais. Eles só são solicitados pela empresa após a seleção;
- verifique o nome da empresa e da pessoa que o contataram. Pesquise se a empresa existe e se essa pessoa trabalha nela;
- golpistas podem utilizar fotos de recrutadores reais e informações sobre a empresa que parecem verídicas. Caso se sinta inseguro antes de comparecer a uma entrevista presencial, ligue para o número da empresa disponível no site oficial e confirme se o processo seletivo está em curso naquele local;
- plataformas tradicionais de candidatura não procuram candidatos em canais informais, como WhatsApp ou SMS. Geralmente, é necessário candidatar-se no site delas;
- denuncie os golpistas nas redes sociais em que eles entrarem em contato com você. Guarde as mensagens para denunciar o caso à polícia. Formalizar a denúncia é importante para os investigadores terem mais informações e chegar aos criminosos.
Mesmo com essas dicas, caiu em um golpe ou conhece quem caiu? Então, saiba a importância de não “revitimizar” quem foi vítima de uma fraude como essa.
Fonte: O Tempo