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Vírus VSR em crianças: veja gravidade, se há vacina disponível e como perceber sinais

Redação23 de agosto de 20246min0
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Microrganismo está associado à bronquiolite e é o principal causador de internação do público até cinco anos

O período em que estamos vivendo – caminhando para o fim do inverno e início da primavera – é propício para o aumento de casos de infecções respiratórias em crianças pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Esse microrganismo está associado à bronquiolite – quadro caracterizado pela inflamação dos bronquíolos -, e é o principal causador de internação do público até cinco anos. Ainda não existe vacina para proteger especificamente esse grupo.

Conforme a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), quase todas as crianças são infectadas com VSR pelo menos uma vez até os dois anos de idade. As recorrências em outros momentos da vida são comuns, uma vez que a infecção não proporciona imunidade completa. Em idosos, o vírus ainda pode piorar ou descompensar doenças crônicas pré-existentes. Mas, o grande desafio é detectá-lo, uma vez que ele provoca sintomas semelhantes ao de um resfriado comum ou até mesmo de Covid-19.

“Geralmente o diagnóstico é feito por meio do painel viral, uma pesquisa ampliada de vírus. A vigilância epidemiológica faz isso com as doenças respiratórias virais internadas. Aqui em Minas, por exemplo, a Fundação Ezequiel Dias (Funed) vai ao hospital e faz esse painel para a identificação daqueles vírus que estejam causando a maioria das internações,” explica o epidemiologista do Hermes Pardini/Grupo Fleury José Geraldo Ribeiro.

Apesar de não existir vacina destinada às crianças, o epidemiologista afirma que dois recursos para ajudar na proteção estão chegando ao serviço privado em setembro. “O primeiro é uma vacina materna que, quando aplicada na gestante, vai proteger o bebê abaixo de seis meses da infecção pelo VSR. O outro não é propriamente uma vacina, é uma imunoglobulina – um anticorpo monoclonal – que quando aplicado no recém-nascido, vai evitar que ele tenha infecção nos períodos de maior sazonalidade do vírus.”

No sistema público de saúde, o imunizante para prevenir bronquiolite em bebês ainda não foi disponibilizado, mas o Ministério da Saúde afirmou que a vacina será submetida à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e que ofertá-la ao público-alvo (gestantes) é uma das prioridades da pasta.

Veja mais detalhes sobre o VSR:

Sintomas

  • A maioria das crianças infectadas tem apenas sintomas leves, geralmente semelhantes aos sintomas de um resfriado comum, mas em menores de dois anos a infecção pode evoluir para sintomas mais graves e associados à bronquiolite;
  • Inicialmente, há coriza, tosse leve e, em alguns casos, febre;
  • Em um a dois dias, pode haver piora da tosse, dificuldade para respirar, aumento da frequência respiratória — com chiado a cada expiração — e dificuldade também para mamar e deglutir. Como sinal da menor oxigenação, pode haver azulamento dos dedos e lábios;
  • A maioria dos adultos apresenta uma infecção leve do trato respiratório superior pelo VSR, com sintomas que duram apenas alguns dias. Alguns, no entanto, desenvolvem doenças graves do trato respiratório inferior, incluindo pneumonia, sobretudo a partir dos 60 anos de idade.

Tratamento

Não há tratamento específico para o VSR. Diante de um quadro grave, é imprescindível a hospitalização para oxigenoterapia e outras medidas de suporte. Pode ser necessário o uso de respiradores mecânicos, em ambiente de UTI.

A maioria dos pacientes inicia a recuperação em cerca de sete dias e se restabelece totalmente. Entretanto, crianças podem desenvolver alterações respiratórias crônicas e tornam-se mais propensas à asma no futuro. Entre adultos a partir de 60 anos, a recuperação é mais lenta e pode trazer, além de maior risco para eventos cardiovasculares, importante e progressiva perda da qualidade de vida. Quanto mais avançada a idade, maior é a vulnerabilidade,

Transmissão

O VSR é transmitido pelas secreções do nariz ou da boca da pessoa infectada, por contato direto ou por gotículas. A transmissão começa dois dias antes de aparecerem os sintomas e só termina quando a infecção está completamente controlada. O período de maior contágio é nos primeiros dias da infecção. A incubação varia de dois a oito dias (em média quatro a seis dias).

Fonte: O Tempo

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