Tempo seco e poluído: saiba como proteger crianças e bebês e evitar doenças respiratórias
O cenário, que já é preocupante pela baixa umidade do ar, é agravado pelo aumento de partículas poluentes na atmosfera. Assim, pais e responsáveis devem ficar atentos aos impactos que esse clima adverso pode provocar na saúde dos pequenos. Veja abaixo recomendações de um especialista:
À Itatiaia, a coordenadora do serviço de otorrino pediatria da Oncoclínicas, Cristana Musacchio, explica que, diante do tempo seco e poluído, os responsáveis não podem descuidar da hidratação das crianças e bebês. “É importante que os pais aumentem a hidratação oral e evitem que os filhos realizem exercícios físicos em períodos mais quentes dos dias”, pontua.
Isso porque, esses fatores adversos podem provocar a irritação de mucosas respiratórias e oculares, crises mais frequentes de asma, de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), além de broncoespasmos, sangramento no nariz, sensação de cansaço e parotidite tanto em crianças como em adultos. Musacchio recomenda, que para evitar esses quadros é importante que as pessoas tentem, ao máximo, manterem as mucosas hidratadas com soro fisiológico e com o aumento de ingestão de água.
Outro conselho da profissional, é que pais responsáveis tentem deixar os quartos dos bebês e das crianças mais úmidos. Para isso, eles podem utilizar umidificadores e, e em casas que não possuem o dispositivo, colocar baldes de água debaixo da cama dos pequenos ou toalhas molhadas nas cabeceiras.
E quando o meu filho recusa água?
Nesses casos, Musacchio pontua que os responsáveis devem adotar alternativas estimular o consumo de líquidos. “Eles podem aumentar o consumo de frutas, evitar dar alimentos pesados, aumentar a ingestão de sucos naturais, evitar refrigerantes, porque eles têm muito sódio. O responsáveis podem adotar medidas para burlar a questão do gosto, já que muitas crianças não gostam do sabor da água”, aconselha.
Aumento nos atendimentos
Comparado ao ano passado, entre os meses de abril e agosto do ano passado, houve um aumento de 17,5% nos atendimentos de Hospital Infantil João Paulo II devido a sintomas respiratórios. Apesar do crescimento, Fundação Hospital do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) pontua não há como confirmar se o aumento nos atendimentos estão necessariamente relacionados ao tempo seco ou a fumaça.
Contudo, quando comparado com mês de agosto 2023 foram registradas 182 entradas a mais no número de chegadas de crianças no pronto atendimento do hospital devido a problemas respiratórios. Além disso, a instituição informou que nas últimas semanas o hospital tem registrado um aumento flutuante na procura por atendimento devido a sintomas em vias aéreas.
O Hospital Infantil João Paulo II também informou que o pronto atendimento deverá ser procurado por pais e responsáveis quando a criança apresentar os seguintes sintomas:
- Febre alta e persistente (por mais de 3 dias, sem melhora de padrão)
- Esforço para respirar
- Prostração excessiva
- Recusa alimentar
- Pouca diurese.
Fonte: Itatiaia