Bancos revelam os 10 golpes mais comuns contra idosos e os ensina a se defender
Os brasileiros sofrem um golpe a cada 16 segundos. No último ano, foram 1,9 milhão de ocorrências de estelionato no país, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Entre as vítimas preferidas dos criminosos, estão idosos, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Fora de ordem de gravidade, ela lista os dez golpes mais comuns contra essa população e explica como escapar de cada um deles. Confira:
1 – Golpe da falsa central telefônica
Os criminosos se identificam, por telefone, como agentes de um banco em que a vítima de fato tem conta. Eles alegam ter identificado um problema na conta ou uma transação suspeita e que, para corrigir isso, precisam que o cliente informe os dados pessoais e, algumas vezes, até a senha. Outra tática é pedir que a vítima realize uma transferência para cobrir um estorno ou um problema de pagamento.
Como evitar: nunca forneça dados pessoais por ligação, como senha e chave de segurança, mesmo se a pessoa disser ser do seu banco. Ao receber uma ligação assim, desligue e, de outro telefone, entre em contato com seu banco pelos canais oficiais da instituição.
2 – Golpe do falso empréstimo consignado
Os estelionatários oferecem um suposto empréstimo com condições vantajosas e pedem que a vítima realize um depósito ou pague a primeira parcela para garantir a operação.
Como evitar: não acredite em ofertas de empréstimo que exijam pagamento antecipado. A Febraban lembra que não existe crédito com essa condição e orienta que nunca se deposite dinheiro na conta de quem quer que seja para garantir um suposto acordo.
3 – Golpe da ajuda no caixa eletrônico
Os criminosos oferecem ajuda ao idoso no ATM (o caixa eletrônico). A ideia é visualizar a senha da vítima e, quando ela não estiver olhando, trocar o cartão verdadeiro por um falso.
Como evitar: nunca aceite a ajuda de desconhecidos além de funcionários identificados do próprio banco.
4 – Golpe do falso presente de aniversário
Com os dados pessoais da vítima, os bandidos entram em contato para dizer que enviarão um presente de aniversário em nome de alguma instituição. Para receber o brinde, a vítima deve pagar a suposta taxa de entrega, que só pode ser acertada pessoalmente. Os bandidos apresentam, então, uma maquininha de cartão de crédito. Geralmente com o visor danificado, ela não permite identificar o valor cobrado ou faz com que a vítima digite sua senha no campo de valor, o que permite aos bandidos a visualizarem.
Como evitar: não aceite receber brindes sem ter certeza sobre quem enviou. Não forneça dados pessoais em links online com promoções suspeitas e nem envie selfies para receber brindes. Nunca conclua pagamentos em maquininhas com o visor estragado.
5 – Golpe das vendas falsas
Os criminosos criam sites que simulam plataformas de e-commerce e enviam promoções falsas por email, SMS ou Whatsapp, além de criar perfis falsos das supostas lojas nas redes sociais.
Como evitar: desconfie de promoções boas demais. O produto custa R$ 1.000 na maioria das lojas e, nesta, está anunciado por R$ 300? Parece bom demais para ser verdade — e, provavelmente, não é mesmo. Outros sinais podem indicar uma fraude, como poucas opções de pagamento disponíveis e um perfil muito recente nas redes sociais. Desconfie de todos os links recebidos por WhatsApp ou email e prefira comprar em sites conhecidos. O link correto da maioria delas é www.[nome da loja].com.br
6 – Golpe da clonagem do WhatsApp
Os golpistas descobrem o número de celular da vítima e, no próprio telefone deles, tentam acessar o WhatsApp com ele. Isso dispara o envio de uma aprovação de entrada para a vítima na forma de um código. Os criminosos entram em contato com ela e solicitam esse número, afirmando que precisam dele para confirmar o cadastro em uma promoção, por exemplo. A partir daí, conseguem clonar o WhatsApp dela.
Como evitar: acione, no aplicativo do WhatsApp, a opção de “verificação em duas etapas”, o que faz com que o aplicativo exija uma senha para ser acessado. Nunca informe o código do WhatsApp para qualquer pessoa.
7 – Phishing
No phishing, ou pescaria digital, os criminosos enviam mensagens ou SMS com links que, ao ser acessados, roubam dados da vítima. Outra tática é pedir que ela preencha um formulário com dados pessoais.
Como evitar: nunca clique em links recebidos por mensagens ser ter certeza de quem enviou. Mantenha o sistema operacional e os antivírus atualizados.
8 – Golpe do falso motoboy
Os criminosos afirmam que o cartão da vítima foi clonado e que, por isso, ela precisa cortá-lo e informar sua senha para que um novo seja confeccionado. Eles enviam um motoboy para recolher o cartão antigo, que, mesmo cortado, ainda pode ser utilizado por meio do chip.
Como evitar: nunca entregue seu cartão a alguém, mesmo cortado. Os bancos não pedem devolução do cartão mesmo quando ele é de fato clonado.
9 – Golpe da troca do cartão
Os criminosos prestam atenção na senha digitada na maquininha e, sem que a vítima perceba, trocam o cartão dela.
Como evitar: preferencialmente, insira você mesmo o cartão na maquininha. Confira se é o seu nome impresso no cartão quando ele for devolvido.
10 – Golpe do falso sequestro
Os golpistas ligam para a vítima e uma pessoa simula uma voz de choro pedindo ajuda. Os criminosos anunciam, então, que se trata do sequestro de um parente da vítima e exigem um resgate.
Como evitar: não chame o suposto sequestrado pelo nome e nem diga outras informações sobre ele que possam ajudar os criminosos a saber mais sobre a pessoa. Peça a alguém que esteja com você para ligar para o suposto sequestrado. Combine uma palavra-chave com seus familiares para vocês dizerem em situações de perigo real.
Fonte: O Tempo