31 de Outubro: Dia nacional da Poesia
No filme “Sociedade dos Poetas mortos”(1989), o professor John Keating menciona que: “Não lemos e escrevemos poesia porque é bonitinho. Lemos e escrevemos poesia porque fazemos parte da raça humana. E a raça humana é cheia de paixão. Medicina, direito, administração, engenharia, são atividades nobres, necessárias à vida. Mas a poesia, a beleza, o romance, o amor, são as coisas pelas quais vale a pena viver.” A partir dessa afirmação, tem-se o entendimento da importância da poesia para a formação do ser humano. A experiência literária e poética enriquece a vida do seu leitor e possibilita a ele a compreensão de coisas que antes poderiam passar despercebidas, ou ainda, serem consideradas abstratas demais para serem entendidas. No texto literário, é possível encontrar um refúgio, e mais que isso, é possível nos encontrarmos, a partir do processo de identificação; o contato direto ao texto nos evidencia que nossas experiências humanas nunca são individuais, sempre existirá alguém que já passou por isso e já escreveu sobre isso, daí nos surge o famoso insight “eu poderia ter escrito isso”. A poesia, assim como os demais tipos de escrita literária, nos aproxima, como humanos que somos, das nossas vivências mais humanas, é como se o texto nos acudisse em momentos específicos que enfrentamos. Gullar escreveu: “A arte existe porque a vida não basta”. Não nos basta apenas existir, é preciso ter pelo que existir, de maneira que nossa existência faça sentido. A poesia e a arte em geral – me atrevo a dizer – são os instrumentos que mais possibilitam sentido à nossa existência, por esse motivo todo dia é dia de celebrar a sua importância.
“Poesia não é para compreender, mas para incorporar. Entender é parede: procure ser árvore.” Manoel de Barros
Vitória Costa de Paula
Graduada em Letras / Aprovada em Mestrado em Literatura