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Número de brasileiros com carteira assinada bate recorde; confira os novos indicadores da economia

Redação31 de outubro de 20247min0
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Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) foi divulgada nesta quinta-feira (31/10)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma série de indicadores da economia nesta quinta-feira (31/10), a começar pela taxa de desemprego no país, que chegou a 6,4%, menor número para o terceiro trimestre da série histórica iniciada em 2012. Ao mesmo tempo, o número de trabalhadores com carteira assinada e de informais bateu recorde, mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

Confira os indicadores:

Massa salarial

A massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 21,952 bilhões no período de um ano, para um recorde de R$ 327,743 bilhões, uma alta de 7,2% no trimestre encerrado em setembro de 2024 ante o trimestre terminado em setembro de 2023.

Na comparação com o trimestre terminado em junho de 2024, a massa de renda real subiu 0,8% no trimestre terminado em setembro, R$ 2,524 bilhões a mais. O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma queda real de 0,4% na comparação com o trimestre até junho, R$ 13 a menos, para R$ 3.227. Em relação ao trimestre encerrado em setembro de 2023, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 3,7%, R$ 114 a mais.

“Podemos falar que o rendimento chegou ao teto? Não podemos dizer isso. Por ora o registro é de um rendimento estável”, disse Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

População subutilizada

No trimestre terminado em setembro, faltou trabalho para 18,172 milhões de pessoas no Brasil. A população subutilizada desceu assim ao menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2015.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho foi a mais baixa para trimestres até setembro desde 2014, ao descer de 16,4% no trimestre até junho para 15,7% no trimestre até setembro. No trimestre até setembro de 2023, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 17,6%.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar.

A população subutilizada caiu 4,4% ante o trimestre até junho, 834 mil pessoas a menos. Em relação ao trimestre até setembro de 2023, houve um recuo de 9,8%, menos 1,979 milhão de pessoas.

De acordo com o IBGE, a taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 5% no trimestre até setembro, ante um patamar também de 5% no trimestre até junho.

Em todo o Brasil, há 5,129 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior.

Na passagem do trimestre até junho para o trimestre até setembro, houve um aumento de 25 mil pessoas na população nessa condição. O país tem 197 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a menos em um ano.

Carteira assinada

O país registrou contingente recorde de trabalhadores ocupados tanto no setor privado quanto no setor público no trimestre terminado em setembro. O trimestre encerrado em setembro mostrou uma abertura de 582 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em junho. Na comparação com o mesmo trimestre de 2023, 1,602 milhão de vagas com carteira foram criadas no setor privado.

O total de pessoas com carteira assinada no setor privado subiu a 38,962 milhões de trabalhadores no trimestre até setembro, um recorde na série histórica iniciada em 2012.

Informalidade

O país registrou uma taxa de informalidade de 38,8% no mercado de trabalho no trimestre até setembro de 2024. Havia um recorde de 39,968 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período.

Em um trimestre, 644 mil pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais. O total de vagas no mercado de trabalho como um todo no período cresceu em 1,199 milhão de postos de trabalho.

“Praticamente metade das vagas criadas. Há crescimento sim da ocupação, e todos contribuem para esse crescimento, seja o ramo formal seja o ramo informal”, apontou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Em um trimestre, na informalidade, houve elevação de 540 mil empregos sem carteira assinada no setor privado, de 112 mil trabalhadores domésticos sem carteira assinada, 38 mil pessoas atuando no trabalho familiar auxiliar e 17 mil empregadores sem CNPJ. Porém, o mercado registrou enxugamento de 63 mil pessoas no trabalho por conta própria sem CNPJ.

A população ocupada atuando na informalidade cresceu 1,6% em um trimestre. Em relação a um ano antes, o contingente de trabalhadores informais aumentou em 935 mil pessoas, alta de 2,4%.

Desalento

O Brasil registrou 3,106 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em setembro. O país tinha 144 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em junho, um recuo de 4,4%. Em um ano, 397 mil pessoas deixaram a situação de desalento, baixa de 11,3%.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

(Estadão Conteúdo)

Redação


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