Novembro Azul alerta para a conscientização sobre a saúde do homem
O indicador diz muito sobre os cuidados do homem com a própria saúde. Na opinião do médico da família Nello Chescon Neto, que atua no Hospital Dona Helena, de Joinville (SC), quase sempre são as mulheres que insistem com seus companheiros para prestar atenção na saúde – e não raro os acompanham às consultas e exames. O profissional alerta para a influência do fator cultural: homem não chora, não pode ficar doente nem demonstrar fraqueza.
A Medicina de Família trabalha com base na prevenção o ano todo, conscientizando as pessoas quanto aos cuidados com a saúde. “No Novembro Azul, aproveitamos a campanha maciça das mídias para atingir este ser de difícil autocuidado, o homem”, diz Nello, salientando que diversas doenças, em sua fase inicial, na maioria das vezes com intervenções simples e fáceis, mudam completamente o curso, e muitas vezes a cura se estabelece. Ele exemplifica com o câncer colorretal: um exame rotineiro permite que, de forma precoce, a cura seja instaurada.
O profissional aproveita o momento da consulta para trazer à tona questões de saúde e aconselhar os pacientes a praticar exercícios físicos, alimentar-se corretamente, evitar bebidas alcoólicas e o tabagismo, além de manter o lado emocional em dia, lembrando que as doenças cardiovasculares são as que mais matam no mundo. Nello ressalta ainda que o câncer colorretal está entre as doenças com maior chance de prevenção.
Apesar de todas as campanhas e informações disponíveis sobre o assunto, muitos homens, por conta do preconceito que envolve o exame e por não levar a sério possíveis sintomas, são diagnosticados quando a doença já está em estados mais avançados, o que leva a uma taxa alta de óbitos.
No Brasil, o Novembro Azul foi criado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, com o objetivo de combater o preconceito masculino de ir ao médico. O instituto realiza ações em todo o Brasil, com a iluminação de pontos turísticos, adesão de celebridades, ativações em estádios de futebol, corridas de rua e autódromos, além de palestras informativas, intervenções em eventos populares e pedágios nas estradas.
Dr. Nello Chescon Neto