Golpe da ‘taxa do Pix’ usa notícia falsa para cobrar imposto que não existe
Redação
Criminosos estão se aproveitando do boato, que até já foi desmentido pelo governo, para cobrar taxas inexistentes e enganar vítimas desavisadas.
De acordo com a Receita Federal, que emitiu o alerta, golpes feitos por perfis que se passam pelo órgão do governo solicitam o pagamento de uma taxa por transferências acima de R$ 5 mil envolvendo o Pix. A fake news sobre a criação de um imposto sobre as transferências instantâneas desse valor ou mais viralizou desde a semana passada.
Até mesmo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, virou alvo de uma montagem via deepfake com uma falsa declaração sobre a criação desse e outros impostos.
Na verdade, o que a Receita Federal instituiu foi uma fiscalização mais rígida sobre transações financeiras a partir de 2025, o que inclui um monitoramento específico em movimentações que eventualmente não batam com valores declarados no Imposto de Renda.
Como funciona o golpe do imposto do Pix?
Na fraude envolvendo a “taxa do Pix”, os golpistas usam perfis falsos atribuídos ao governo em mensageiros como o WhatsApp, replicando de forma falsa até o sinal de conta verificada do aplicativo.
A mensagem avisa que você tem um imposto a pagar sobre uma transação alta feita via Pix e inclui um boleto bancário falso, que tem como destinatário a conta dos fraudadores. Os criminosos não têm como saber se você de fato fez uma transferência acima de R$ 5 mil, mas tentam atrair vítimas desavisadas ou que se encaixam nesse perfil de consumidor.
Para aumentar a sensação de urgência, o recado inclui ainda a ameaça de que o seu CPF será bloqueado caso o pagamento não seja realizado. Se você recebeu esse tipo de mensagem, o ideal é bloquear o número, não interagir com os criminosos e espalhar o alerta para amigos e familiares.
“Não existe tributação sobre Pix e nunca vai existir, até porque a Constituição não autoriza imposto sobre movimentação financeira. A Receita Federal, portanto, NÃO cobra e JAMAIS vai cobrar impostos sobre transações feitas via PIX”, diz o comunicado.
O órgão ainda confirmou qual é a alteração realizada no sistema sobre o Pix— e reforça que ele nada tem a ver com impostos. “O que está ocorrendo é apenas uma atualização no sistema de acompanhamento financeiro para incluir novos meios de pagamento na declaração prestada por instituições financeiras e de pagamento”, complementa a Receita.
Fonte: TecMundo
