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Pedidos de seguro-desemprego sobem em Minas Gerais

Redação15 de janeiro de 20256min0
Carteira de trabalho digital.
Estado representou mais de 11% dos requerimentos do País; veja também: Falta de confiança ainda trava uso total da inteligência artificial

Minas Gerais fechou 2024 com 860,8 mil pedidos de seguro-desemprego, um aumento de 1,7% frente a 2023, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). No Brasil, o crescimento das solicitações do auxílio no ano foi maior – 3,9% – e totalizaram 7,4 milhões de pedidos. O Estado representou 11,5% do volume de pedidos no País.

Especialistas afirmam que o mercado de trabalho aquecido também implica em um volume maior de pedidos do auxílio, tanto pelo grande contingente de trabalhadores formais quanto por um reajuste das empresas após muitas contratações.

Além disso, os resultados indicam que a digitalização de serviços públicos, sobretudo após a pandemia, facilitou o processo de solicitação do benefício. “Hoje, em diversos smartphones, até dos mais simples, a pessoa tem acesso ao aplicativo Gov.br, ela está com essa opção de pedir seguro-desemprego literalmente na palma da mão”, disse o professor de Ciências Contábeis e diretor da unidade Floresta da Estácio, Alisson Batista.

Ele ressalta que a digitalização otimizou o processo, antes considerado complexo, o que desestimulava novos pedidos em um prazo curto de tempo até a próxima recolocação.

Antes do período de emergência mundial, as solicitações on-line de seguro-desemprego costumavam representar menos de 5% do total de pedidos no Brasil. No ano passado, a participação dos pedidos pela internet sempre foi superior a 77% das solicitações no País, em cada mês, e chegou a 80% em dezembro.

Fora isso, o professor da Estácio aponta a alta empregabilidade como principal causa. O momento é historicamente favorável para formalização, com períodos de muitas contratações, o que, por consequência, sobe o número absoluto dos pedidos. “O fato de ter mais pessoas sendo empregadas vai subir, no futuro, a quantidade de pessoas que solicitam o seguro-desemprego. Aumenta, de fato, porque tem mais emprego sendo ofertado”, declarou.

O economista Stefan D’Amato explica que, embora o crescimento das solicitações possa levantar questionamentos sobre a estabilidade no emprego, o dado também indica uma alta rotatividade no mercado de trabalho, com índices elevados de admissões e desligamentos.

“Esse movimento ocorreu paralelamente ao registro, tanto em Minas Gerais quanto no Brasil, das menores taxas de desemprego da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), evidenciando a coexistência de ajustes no mercado e um cenário econômico favorável”, disse.

Os ajustes podem vir na adequação do quadro de pessoal das empresas, analisa Batista, principalmente em um momento de relativa instabilidade econômica, com elevação da taxa básica de juros (Selic) e inflação acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central (BC).

“Quando estava num período muito aquecido, contrata-se muita gente e é comum também desligar pessoas. É um ciclo do mercado. Às vezes tem um colaborador sênior que é desligado para a contratação de dois juniores e a companhia vai se adequando”, complementa.

A participação de Minas Gerais

A participação de Minas Gerais no total de solicitações de seguro-desemprego no País, em 2024, ficou praticamente estável em relação a 2023, quando o volume de pedidos do auxílio no Estado representou 11,8% do total no Brasil. Uma estabilidade que, segundo Stefan D’Amato, deve-se à distribuição setorial da economia e às condições específicas de empregabilidade no Estado.

Ele ressalta a necessidade de uma política macroeconômica que atue em benefício do setor produtivo e do fortalecimento do mercado interno, para a redução da vulnerabilidade no emprego. Um sistema produtivo diversificado e tecnologicamente dinâmico, afirma o economista, é fundamental para gerar vagas de trabalho estáveis e de qualidade.

A diversificação e desenvolvimento tecnológico minimizaria os impactos da alta rotatividade dos trabalhadores e pode promover um crescimento sustentado. “Além disso, políticas ativas de emprego e a coordenação entre investimentos públicos e privados podem contribuir para uma maior estabilidade e avanço no bem-estar social”, analisa D’Amato.

Fonte: Diário do Comércio

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