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Chuvas causaram prejuízos de R$ 11,2 bilhões em Minas Gerais

Redação1 de fevereiro de 20257min0
CBMMG-Divulgacao
Os prejuízos totalizaram R$ 127 bilhões no País, sendo R$ 45,9 bilhões em danos diretos.

Os desastres hidrológicos, ou seja, os eventos provocados pelas chuvas, incluindo precipitações intensas, alagamentos, inundações e enxurradas, ocorridos entre 2020 e 2023, causaram prejuízos de R$ 11,2 bilhões sobre os faturamentos dos setores público e privado de Minas Gerais. Somente em danos econômicos diretos, foram R$ 4,4 bilhões.

O número de empregos afetados na somatória dos quatro anos chegou a 59,6 mil, com uma perda de até R$ 2,3 bilhões em massa salarial. O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado sofreu um impacto negativo de 0,7%. Houve ainda diminuições na receita com exportações, de até R$ 1,2 bilhão, e em arrecadação tributária líquida, de até R$ 428 milhões.

Os dados são de um estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e mostram que Minas Gerais foi a unidade federativa que mais teve desastres hidrológicos no período, concentrando 21% dos casos no Brasil. No intervalo destacado, os eventos aumentaram, em média, 36% no País, um reflexo das mudanças climáticas em curso.

Conforme o documento, nacionalmente, os prejuízos totalizaram R$ 127 bilhões, sendo R$ 45,9 bilhões em danos diretos. Foram 573,6 mil empregos afetados, com perda de R$ 24,5 bilhões em massa salarial. O PIB nacional foi reduzido em 0,7%. As baixas nos embarques e na arrecadação de tributos chegaram a R$ 14,5 bilhões e R$ 4,9 bilhões, respectivamente.

Impactos sobre as atividades econômicas e a geração de efeitos sistêmicos

Os desastres hidrológicos afetam, de forma imediata, diferentes setores da economia, e os que ocorreram no Brasil entre 2020 e 2023, provocaram perdas significativas, sobretudo para a agropecuária, com prejuízo direto de R$ 24,4 bilhões. O setor de serviços, por sua vez, sofreu danos de R$ 19,3 bilhões, ao passo que a indústria perdeu R$ 2,2 bilhões.

O estudo ressalta também que o impacto instantâneo dos eventos nas atividades econômicas pode ainda gerar efeitos sistêmicos, prejudicando a produção e, consequentemente, afetando a geração de empregos, massa salarial e arrecadação tributária. Trata-se de um ciclo no qual há, sequencialmente, redução da demanda, recuo do faturamento das empresas, queda nos investimentos, decréscimo da produção, baixa nas admissões e decréscimo da renda.

Medidas essenciais para reduzir os efeitos dos desastres hidrológicos

Em virtude das mudanças climáticas, os desastres hidrológicos tendem a continuar se intensificando, ampliando os potenciais danos. Para enfrentar os efeitos desses eventos, segundo o estudo, são necessárias medidas de mitigação dos impactos das transformações no clima, por meio de ações que contenham o avanço do aquecimento global, e de adaptação climática, ou seja, de ações que ajudem a sociedade a lidar com as ocorrências.

O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, diz que a entidade recomenda, em primeiro lugar, que seja feito um eficiente planejamento urbano, além de fiscalização.

“Há ocupação irregular em várias áreas próximas aos leitos e, infelizmente, ainda há uma certa leniência dos poderes públicos municipais em fazer com que a população desocupe esses territórios ou sejam realocadas. No fim das contas, são essas próprias pessoas que acabam perdendo a casa e, muitas vezes, a própria vida”, pondera.

“É uma visão humanitária, acima de tudo, a desocupação. Não é uma violência. É uma ação como se fosse o Corpo de Bombeiro resgatando uma pessoa. É claro que o poder público terá que encontrar soluções para acomodá-las em programas habitacionais, mas isso precisa efetivamente ser feito e não se pode deixar que outras pessoas ocupem esses lugares”, reforça.

Hidrelétricas poderiam ser solução eficiente

De acordo com Roscoe, uma ação mitigatória de desastres hidrológicos que a Fiemg tem defendido é que se instale pelo menos uma hidrelétrica de grande lago nos principais leitos de rios para regular o excesso de chuvas. Conforme ele explica, uma simulação da entidade mostrou que se o Rio Grande do Sul tivesse uma hidrelétrica como a de Três Marias, 70% da água teria sido retirada e a catástrofe seria 20 vezes menor.

“Na nossa leitura e visão de longo prazo, deveriam escolher alguns rios em que há histórico de enchentes e estudar a criação de uma hidrelétrica para contenção do excesso de água”, afirma.

“É uma solução definitiva, mais barata e do termo de impactos econômico, social e ambiental muito melhor do que eventualmente ficar fazendo ‘piscinões’ de água em áreas urbanas, que acabam retendo o excesso de chuvas, mas tem um custo mais elevado e um potencial muito pequeno comparado a uma hidrelétrica de grande porte”, ressalta.

Fonte: Diário do Comércio

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