Dia Mundial do Combate ao Câncer: MG deve diagnosticar 11% dos casos da doença no Brasil em 2025
O Dia Mundial de Combate ao Câncer é celebrado nesta terça-feira (4) e tem o objetivo de conscientizar a população sobre a doença e incentivar o rápido diagnóstico. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2025, só o Brasil deve registrar 704.080 novos casos da doença. A previsão é que Minas Gerais concentre 11% desse total: 78.100 diagnósticos.
Se excluídos os tumores de pele não melanoma, os cânceres que terão o maior número de diagnósticos no país neste ano serão: os de mama e próstata, com 73.610 e 71.730 detecções, respectivamente.
No entanto, apesar do alto número de novos casos, o avanço dos tratamentos disponíveis vêm aumentando a expectativa de vida dos pacientes e possibilidades de cura.
“Os pacientes, antes, tinham uma sobrevida muito menor, isso é verdade. Antes da Segunda Guerra Mundial, por exemplo, apenas 5% [dos pacientes] viviam pelo menos cinco anos após a descoberta da enfermidade. Hoje mais de 50% da população mundial na luta contra tumores consegue sobreviver de forma longeva, o que se deve às novas tecnologias e terapias com menos efeitos adversos e efetividade muito maior”, afirma o oncologista Alexandre Chiari.
O médico destaca que também que, além da imunoterapia, existem hoje no mercado os agentes alvo-moleculares – inibidores de mutações específicas e que causam menos efeitos adversos e resultados superiores à quimioterapia. O tratamento associado a cirurgias, quando o câncer ainda está localizado, aumenta muito as chances de cura.
“Cada vez mais temos usado menos quimioterapia e mais medicamentos novos. Isso, consequentemente, tem um lado muito positivo, que é a melhora da qualidade de vida dos pacientes e, em alguns casos, a cura. Porém ainda nos deparamos com um problema seríssimo: o custo surreal desses medicamentos, o que dificulta bastante o acesso dos pacientes ao tratamento”, comenta.
Como prevenir a doença?
Para prevenir a doença, o médico enfatiza a importância de manter uma vida saudável, com alimentação equilibrada, prática de atividade física regular, além de evitar o consumo de álcool e cigarro.
“À longo prazo, o álcool provoca um processo inflamatório crônico que aumenta a probabilidade de mutações celulares, que por sua vez contribuem para o surgimento de células anormais. O risco, por sinal, é potencialmente ampliado quando ele é associado ao tabaco. Dados na literatura apontam que até mesmo no consumo moderado as chances de desenvolver um câncer são estatisticamente superiores a pessoas abstêmias. Portanto, o ideal é evitar ao máximo o uso do álcool e, se possível, aboli-lo”.
Fonte: Itatiaia