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Quase 4 em cada 10 brasileiros hipertensos não sabem que têm pressão alta; veja como identificar

Redação10 de abril de 20256min0
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Pesquisa da Escola de Enfermagem da UFMG revelou que 32,3% dos adultos são diagnosticados com a doença crônica

Uma pesquisa feita pela Escola de Enfermagem da UFMG, baseada em dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), analisou o cenário da hipertensão arterial (pressão alta) no Brasil e apontou desigualdades importantes no diagnóstico, tratamento e controle da doença. Conforme o estudo, três em cada dez brasileiros com 18 anos ou mais estão hipertensos, mas apenas 60,8% das pessoas têm conhecimento do diagnóstico (60,8%), ou seja, quase 40% estão hipertensas e não sabem.

O levantamento, fruto do mestrado da pesquisadora Maria Alice Souza Vieira, coletou dados de 59 mil adultos brasileiros, sendo a maioria mulheres. A pesquisa ainda revelou que apesar de quase o total de hipertensos estarem em tratamento medicamentoso (90,6%), somente a metade tem a pressão controlada (54,4%), com piores resultados em indivíduos com menor escolaridade (51,7%)  e sem plano de saúde (52%).

“Embora uma alta porcentagem de pacientes hipertensos esteja tomando medicamentos, ainda há lacunas substanciais na conscientização e controle, particularmente entre certos grupos sociodemográficos. Esses achados destacam a presença de desigualdades socioeconômicas e demográficas no controle da hipertensão, destacando a necessidade de políticas e intervenções de saúde direcionadas. Priorizar esses grupos vulneráveis ​​pode melhorar o gerenciamento geral da hipertensão e reduzir um dos principais fatores de risco cardiovascular,” explica Maria Alice.

Veja alguns resultados do estudo:

Prevalência da Hipertensão

  • 32,3% dos brasileiros adultos têm hipertensão.
  • Desses, apenas 60,8% sabem que têm a doença, ou seja, quase 4 em cada 10 não sabem.

Tratamento

  • Entre os que têm diagnóstico, 90,6% usam medicação.
  • Porém, só 54,4% têm a pressão realmente controlada, mesmo em tratamento.

Desigualdades no Diagnóstico e Controle

Homens, jovens (18 a 35 anos), pessoas com baixa escolaridade, moradores de áreas rurais e sem plano de saúde têm maior chance de:

  • Não saber que têm hipertensão.
  • Não fazer uso de medicamentos.
  • Não ter a pressão controlada mesmo quando em tratamento.

Perfil dos Participantes

Maioria mulheres (52,3%), entre 36-59 anos, brancos, com baixa escolaridade, da região Sudeste, morando em área urbana e sem plano de saúde (69,7%).

Por fim, a pesquisa sugere que o simples acesso ao medicamento não garante o controle da pressão arterial. É preciso melhorar a adesão ao tratamento, a relação entre profissionais de saúde e pacientes, a frequência e a valorização de ações educativas e adoção de medidas não medicamentosas: menos sal, mais exercícios, parar de fumar, controlar o peso.

Como saber se você tem pressão alta

A pressão alta (hipertensão) geralmente não causa sintomas no início, por isso é conhecida como uma doença silenciosa. A única forma segura de saber se a pessoa tem a condição, é medindo regularmente a pressão arterial. Mas abaixo segue um guia para te ajudar a entender como identificar e o que observar:

Medição da pressão arterial

O único jeito confiável de identificar a hipertensão é aferindo-a. O ideal é medir com um aparelho confiável (automático ou manual) em repouso, sentado, com o braço apoiado.

A pressão é considerada alta quando está igual ou acima de 140/90 mmHg (14 por 9), em pelo menos duas medições diferentes, em dias diferentes.

Possíveis sintomas (em casos mais graves ou prolongados):

Na maioria dos casos, a hipertensão não apresenta sintomas. Mas, em situações mais avançadas ou de crise hipertensiva, podem surgir:

  • Dor de cabeça constante (especialmente na nuca)
  • Tontura
  • Falta de ar
  • Visão embaçada
  • Palpitações (coração acelerado)
  • Zumbido no ouvido
  • Dor no peito

Quem deve medir a pressão com frequência?

  • Pessoas acima de 35 anos (mesmo sem sintomas)
  • Quem tem histórico familiar de hipertensão
  • Pessoas com sobrepeso/obesidade
  • Diabéticos
  • Quem fuma ou consome muito sal
  • Quem tem vida sedentária ou estresse constante

Fonte: O Tempo

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