Brasil registra queda no número de nascimentos pelo quinto ano seguido, diz IBGE
O Brasil registrou uma queda no número de nascimentos pelo quinto ano consecutivo em 2023. Os dados são das Estatísticas do Registro Civil, divulgadas nesta sexta-feira (16), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, foram 2,52 milhões de nascimentos em 2023, número 0,7% menor que o registrado em 2022 (2,54 milhões).
Quase todas regiões brasileiras apresentaram queda no número de nascimentos, com exceção da Centro-Oeste, que teve um crescimento de 1,1%. Entre os 26 estados e o Distrito Federal, 18 apresentaram queda, com destaque para Rondônia (-3,7%), seguida pelo Amapá (-2,7%), Rio de Janeiro (-2,2%), Bahia (-1,8%) e São Paulo (-1,7%). Ao todo, nove estados registraram alta nos dados. Entre eles, Tocantins (3,4%) e Goiás (2,8%).
Os cartórios brasileiros registraram 2,60 milhões de nascimentos em 2023, sendo 2,52 milhões relativos a crianças nascidas em 2023 e registradas até o primeiro trimestre de 2024. Os outros 2,9% dos registros (75 mil) são de nascimentos ocorridos em anos anteriores ou em anos ignorados. A maior parte dos nascimentos (63%) foram registrados nas regiões Norte e Nordeste.
Para verificar o número de nascimentos em todo país, o IBGE compara os dados do Registro Civil e do Ministério da Saúde.
Mulheres têm filhos cada vez mais tarde
Além de registrar uma queda no número de nascimentos, os dados também revelam que as mulheres brasileiras escolhem ter filhos cada vez mais tarde. Em 2023, 39% dos bebês nascidos no país têm mães acima de 30 anos.
Entre os anos de 2003 e 2023, a porcentagem de nascimentos gerados por mães de 30 a 34 anos aumentou de 14,6% para 21,0%. No mesmo período, para os nascimentos gerados por mães entre 35 e 39 anos de idade, houve um aumento de 7,2%, em 2003, para 13,7%, no ano de 2023.
O levantamento também aponta uma redução da gravidez na adolescência. Em 2003, meninas com menos de 19 anos foram responsáveis por 20,9% dos nascimentos registrados naquele ano. Em 2023, a porcentagem caiu para 11,8%. A redução aconteceu em todas as regiões do país, especialmente no Norte (-18,7%) e Nordeste (-14,3%).
Em 2023, a maioria dos nascimentos foram gerados por mães de 25 a 29 anos, o que corresponde a 641.180 registros. Em seguida, vem as mulheres entre 20 e 24 anos, que correspondem a 594.235 dos partos contabilizados no país. Esse grupo teve a maior redução dos últimos 20 anos. Em 2003, elas representavam 31,1% das mães e, em 2023, eram 23,6%.
Fonte: Itatiaia