• loja.muzambinho.com
  • Muzambinho.com
  • Muzambinho.com
  • muzambinho.com.br

Minas bate recorde histórico na moagem de cana e impulsiona produção de açúcar e etanol

Redação16 de maio de 20256min0
agro-cana-7eabfe4ad1b5a4
Estado supera 83 milhões de toneladas de cana-de-açúcar processadas, mesmo com seca prolongada e incêndios rurais

Minas Gerais atingiu um marco inédito na produção de cana-de-açúcar. Na safra 2024/25, o estado processou 83,1 milhões de toneladas, consolidando o maior volume já registrado na história da atividade sucroenergética mineira. Os dados foram divulgados pela Associação da Indústria da Bioenergia e do Açúcar de Minas Gerais (SIAMIG Bioenergia).

Esse desempenho representa um crescimento de 4% em relação à safra anterior, refletindo o avanço tecnológico e a eficiência das usinas, mesmo diante de condições climáticas adversas.

A produção de açúcar também alcançou patamares históricos, totalizando 5,6 milhões de toneladas – alta de 3,2% frente à safra passada. Já a produção de etanol chegou a 3,4 milhões de metros cúbicos (m³), crescimento de 5%, com destaque para o etanol hidratado, que subiu 13,9% e fechou em 2,2 milhões de m³. O etanol anidro, por sua vez, registrou queda de 9,3%, somando 1,2 milhão de m³.

Mais do que um combustível, o etanol é uma solução limpa, eficiente e estratégica para o Brasil. De origem renovável, ele emite até 90% menos gases do efeito estufa em comparação com a gasolina, contribuindo diretamente para o combate às mudanças climáticas.

É uma alternativa que alia desempenho veicular, economia e sustentabilidade: abastecer com etanol, além de ser mais barato na bomba, ajuda a manter o motor limpo e a reduzir custos de manutenção no longo prazo.

Vale ressaltar que a cadeia produtiva do etanol gera diversos empregos diretos e indiretos, indo desde o cultivo da cana-de-açúcar até a distribuição nos postos de combustível – por isso, movimenta a economia das zonas rurais e dos grandes centros urbanos.

Clima severo e capacidade de recuperação

Apesar dos números expressivos, a safra 2024/25 foi marcada por uma das estiagens mais intensas dos últimos anos. Algumas regiões do estado enfrentaram mais de 180 dias consecutivos sem chuvas, afetando lavouras e exigindo uma logística mais eficiente e planos de contingência por parte das unidades produtoras. Os incêndios rurais também deixaram um rastro de prejuízos, danificando talhões produtivos e estruturas industriais.

Mesmo com esses desafios, a produtividade se manteve e, em algumas regiões, foi superada a média nacional, revelando a maturidade do setor no estado. De acordo com o presidente da SIAMIG Bioenergia, Mário Campos, os números demonstram a resiliência e a importância do setor sucroenergético para a economia mineira.

“Superamos a marca de 83 milhões de toneladas processadas e mostramos, mais uma vez, a força da bioenergia em Minas Gerais. Esse resultado é fruto da competência das usinas, do trabalho no campo e da nossa capacidade de inovação, mesmo diante de uma seca severa e dos desafios com os incêndios rurais no ano passado”, destacou Campos.

Minas projeta nova safra com menor produção, mas amplia área cultivada

Durante o evento de Abertura da Safra Mineira de Cana-de-Açúcar 2025/2026, realizado no último dia 25 de abril, na Fazenda Santa Vitória da Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA), em Uberaba, a SIAMIG Bioenergia divulgou as estimativas para o novo ciclo.

A safra 2025/26 deve alcançar 77,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em Minas Gerais, uma retração de 7,1% em relação à safra anterior, devido à estiagem prolongada e ao baixo volume de chuvas durante a entressafra, fatores que impactaram diretamente a produtividade, com queda estimada de 12,5%.

Em contrapartida, a área cultivada segue em expansão, com previsão de 1,23 milhão de hectares — crescimento de 9,8% frente ao ciclo anterior —, reforçando o protagonismo do estado como o segundo maior produtor do país.

Mesmo com a redução da produção total, o setor projeta um mix mais açucareiro, com 52,4% da cana destinada à fabricação de açúcar e 47,6% à produção de etanol. Serão, aproximadamente, 5,32 milhões de toneladas de açúcar e 3 bilhões de litros de etanol, com destaque para o aumento de 6,6% na produção de etanol anidro, em linha com as discussões sobre o aumento da mistura de etanol na gasolina.

Além disso, estão previstas a entrada em operação de novas plantas de fabricação de açúcar e a expansão da produção de biometano, fonte de energia renovável que tem ganhado destaque nas estratégias de descarbonização do setor agroindustrial.
“Minas Gerais seguirá avançando como referência em bioenergia, com sustentabilidade, geração de empregos e energia limpa para o Brasil”, afirmou Campos.

Clique aqui para saber mais.

Fonte: O Tempo

  • Muzambinho.com

Deixe um Comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios estão marcados com *