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Minas em situação de emergência para gripe aviária: saiba se a doença traz riscos aos humanos

Redação29 de maio de 20258min0
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Doença foi confirmada em um cisne negro em Mateus Leme, na Grande BH. Estado de emergência sanitária foi decretado nesta terça-feira (27) em MG e tem validade de 90 dias

O governo de Minas Gerais decretou estado de emergência sanitária para gripe aviária nesta terça-feira (27), depois que um caso da doença foi confirmado em um cisne negro em Mateus Leme, na Grande BH. A medida, de fato, acende um alerta para a enfermidade. Entretanto, o presidente da sociedade mineira de infectologia, Adelino de Melo Freire Júnior, esclarece que os riscos da gripe aviária para humanos são baixos.

Mundialmente, desde 2003, a gripe aviária, ou influenza A (H5N1), teve um total de 874 infecções humanas, incluindo 458 óbitos notificados à Organização Mundial da Saúde (OMS). Na região das Américas, três casos da doença em humanos foram identificados: um nos Estados Unidos (abril de 2022), um no Equador (janeiro de 2023) e um no Chile (março de 2023).

O infectologista explica que a transmissão da doença para humanos acontece, principalmente, por meio do contato próximo com aves doentes. Já a transmissão entre humanos, segundo Adelino de Melo, é raríssima.

“O vírus não conseguiu evoluir para uma forma em que ele consiga ser transmitido. Então, a pessoa que adoece com a gripe aviária normalmente não vai transmitir essa doença adiante. Isso traz, de certa forma, uma barreira de proteção para a nossa espécie”, destaca o presidente da sociedade mineira de infectologia.

Com isso, a gripe aviária apresenta risco, principalmente, para pessoas que trabalham em granjas, que têm contato com aves selvagens ou têm criadouros, por exemplo. Isso, caso haja o contato desprotegido com aves doentes. Adelino enfatiza que a situação é ‘extremamente específica’ e não traz risco para a maioria das pessoas.

“Então é estar atento, vigiar para nessas regiões onde tem a infecção documentada em aves e tomar as medidas de prevenção. As pessoas que têm contato com aves têm que usar máscara, tem que usar luva, fazer higiene das mãos frequentes, lembrar que é uma doença de transmissão por contato respiratório”, ressalta o infectologista.

Outra possibilidade de contaminação considerada pelos especialistas como muito improvável é por meio do consumo de alimentos contaminados. Segundo o presidente da sociedade mineira de infectologia, a transmissão desse tipo nunca foi documentada. No entanto, Adelino recomenda evitar o consumo de ovo cru.

“Quando se prepara ovos cozidos, fritos, com o calor de preparo desses alimentos, tanto a carne quanto os ovos ficam absolutamente isentos de risco de transmissão da doença, então não deve trazer preocupação para a população no sentido de consumir ovos e carnes de aves”, detalha Adelino de Melo.

Quais os principais sintomas da gripe aviária?

A influenza A (H5N1) manifesta, inicialmente, por meio de sintomas como febre alta (maior ou igual a 38°C) e tosse seguida de dispneia ou desconforto respiratório, segundo o Ministério da Saúde. O presidente da sociedade mineira de infectologia explica que podem aparecer sintomas como de qualquer outra virose, como dor muscular, dores articulares, dor de cabeça, além da febre.

Segundo o Ministério da Saúde, sintomas como diarreia, vômito, dor abdominal, sangramento do nariz ou gengivas, encefalite e dor no peito também foram relatados no curso clínico de alguns pacientes.

Além disso, a infecção pode ter complicações como pneumonia grave, insuficiência respiratória, falência de múltiplos órgãos, choque séptico e infecções bacterianas e fúngicas secundárias.

Gripe aviária em Minas Gerais

O governo de Minas destacou nesta terça-feira (27) que o caso de gripe aviária (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) de Mateus Leme, na Grande BH, ocorreu em um sítio e não afeta, até o momento, a produção avícola no estado. Em nota, o governo destaca ainda que a transmissão das aves para os humanos não é comum.

O mapa de indicadores do Ministério da Agricultura destaca que o caso ocorreu em um Cisne Negro. Na nota, o governo de Minas cita aves ornamentais.

“Este não é o primeiro caso registrado em Minas Gerais. Em 2023, um pato de vida livre da espécie Cairina moschata foi diagnosticado com Influenza Viária de Baixa Patogenicidade (H9N2), que costuma causar pouco ou nenhum sintoma clínico nas aves e não oferece qualquer risco para os seres humanos”, diz o texto.

A nota destaca ainda que a situação de emergência é necessária para que ‘Minas Gerais realize todas as ações de prevenção, contenção e enfrentamento à doença, incluindo a eventual mobilização de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros’.

“Todas as medidas que estão sendo tomadas pelo Governo de Minas fazem parte do Plano de Contingência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), firmado entre União, Estados e setor produtivo, ainda em 2022, quando surgiu o primeiro foco da doença na América do Sul. Até o momento, não há qualquer comprometimento da produção avícola do estado.

Ações

A nota destaca ainda que, desde a chegada da doença no estado, tem investido em políticas de prevenção, rastreio e controle sanitários da Influenza Aviária, além de contato direto com o Ministério da Agricultura e Pecuária. “As ações também incluem medidas de biosseguridade das granjas comerciais, políticas de educação sanitária e vigilância nas propriedades classificadas como risco, cadastro e vistoria em criatórios de subsistência, além de ações sanitárias em eventuais áreas de foco da doença”.

Sobre a transmissão das aves para os humanos, o governo destaca que ela pode ocorrer em “pessoas expostas a uma grande carga viral ou que estejam com baixa imunidade. A Influenza Aviária não é transmitida pelos alimentos, desde que esses sejam bem cozidos”.

Fonte: Itatiaia

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