• Muzambinho.com
  • loja.muzambinho.com
  • Muzambinho.com
  • muzambinho.com.br

Síndrome do olho seco cresce entre jovens e está ligada ao uso excessivo de telas

Redação2 de junho de 20255min0
olho-3298
Especialistas alertam sobre os riscos e reforçam a importância de hábitos saudáveis e consultas oftalmológicas regulares

A síndrome do olho seco, antes mais comum em pessoas mais velhas, tem afetado cada vez mais jovens, especialmente por causa do uso excessivo de telas. O alerta vem de um estudo da Aston University, no Reino Unido, que acompanhou 50 jovens adultos, com idades entre 18 e 25 anos, durante um ano. O levantamento mostrou que 90% dos participantes apresentaram ao menos um sinal clínico da doença, e 56% já tinham diagnóstico confirmado.

O problema acontece quando os olhos não produzem lágrimas suficientes ou quando a qualidade das lágrimas não é adequada para manter a lubrificação dos olhos. Os pesquisadores associam esse crescimento ao tempo excessivo em frente a celulares, computadores e outros dispositivos, que faz com que as pessoas pisquem menos e de forma incompleta, prejudicando a distribuição das lágrimas.

De acordo com a oftalmologista Claudia de Paula Faria, do Hospital Israelita Albert Einstein, a síndrome provoca sintomas como ardência, sensação de areia nos olhos, vermelhidão, visão embaçada e sensibilidade à luz. “Essa é uma condição comum e complexa, que afeta a capacidade dos olhos de se manterem adequadamente lubrificados. É uma doença multifatorial que causa desconforto, problemas visuais e inflamação da superfície ocular. A condição pode impactar significativamente a qualidade de vida e é cada vez mais prevalente em todo o mundo”, afirma.

Oestudo também apontou que os participantes passavam, em média, oito horas por dia diante das telas, o que contribuiu para o avanço dos quadros. “O uso prolongado de telas digitais está fortemente relacionado ao surgimento e à piora da síndrome do olho seco”, explica Faria. “O tempo excessivo diante das telas altera o comportamento de piscar e desestabiliza o filme lacrimal, aumentando o risco e a intensidade dos sintomas. Piscar menos e de forma incompleta impede a lubrificação adequada da superfície ocular, tornando os olhos mais suscetíveis ao ressecamento e à irritação.”

A médica também reforça que até exposições consideradas moderadas, entre duas e seis horas por dia, já estão associadas a mais riscos. Além do excesso de telas, outros fatores podem contribuir para a doença, como sexo feminino, idade, uso de lentes de contato, doenças autoimunes, cirurgias oculares, alguns medicamentos (como antidepressivos e anti-histamínicos) e até condições ambientais, como poluição e ar seco.

Como prevenir

Para prevenir, os especialistas recomendam algumas medidas, como seguir a regra do “20-20-20” , a cada 20 minutos na frente da tela, olhar para algo a 6 metros de distância por 20 segundos , reduzir o tempo diário de telas para no máximo três horas, praticar atividades ao ar livre e manter consultas oftalmológicas anuais.

Atualmente, não há cura definitiva para a síndrome do olho seco. O tratamento busca aliviar os sintomas e evitar a piora do quadro, com uso de lágrimas artificiais, colírios, suplementos e outros recursos, dependendo de cada paciente. A oftalmologista alerta que o acompanhamento médico e mudanças no estilo de vida são fundamentais. “A síndrome é uma condição crônica que requer estratégias de tratamento personalizadas e de longo prazo, adaptadas aos mecanismos específicos da doença e às flutuações dos sintomas de cada paciente. O alívio completo e permanente é raro. A maioria dos pacientes precisa ajustar os tratamentos ao longo do tempo e pode necessitar de múltiplas terapias para controlar os sintomas de forma eficaz”, conclui Faria.

* Com informações da Agência Einstein
* Sob supervisão de Lucas Borges

Fonte: Itatiaia

  • Muzambinho.com

Deixe um Comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios estão marcados com *