Por hora, brasileiros registram 210 queixas contra bancos, financeiras e cartões

Os consumidores brasileiros registraram, em média, 210 reclamações por hora contra prestadores de serviço na plataforma Consumidor.gov.br, de responsabilidade do governo federal. Foram  607.343 reclamações entre janeiro e abril de 2025 contra 454.125 queixas no mesmo período de 2024 – um aumento de 33,7%.

Neste ano, os setores que mais receberam reclamações foram bancos, financeiras e administradoras de cartão, com 225.620 registros. Em seguida aparecem telefonia, internet e TV por assinatura, com 67.020 registros e transporte aéreo, com 31.340 ocorrências.

As principais reclamações envolvem cartões de crédito e débito e cartões de loja, problemas relacionados a crédito pessoal e empréstimos, com exceção de financiamentos de imóveis e veículos (não abordados na plataforma).

O site Consumidor.gov.br é um serviço público e gratuito que permite a comunicação direta entre consumidores e empresas para solução alternativa de conflitos de consumo pela internet.

A maioria das reclamações (96%) foi respondida pelas empresas. De acordo com a plataforma, 81% dos consumidores afirmaram ter procurado a empresa antes de formalizar a queixa.

Perfil dos reclamantes

As mulheres são maioria entre os reclamantes, representando 57,34% dos registros, especialmente na faixa etária de 31 a 40 anos. Em 2024, elas representavam 58,81% dos casos registrados, com predominância na mesma faixa etária (35,58%).

A plataforma considera apenas as reclamações finalizadas, ou seja, aquelas cujo prazo de resposta da empresa (10 dias) e de avaliação do consumidor (20 dias) já expiraram. Não entram na conta os registros cancelados ou encerrados sem a conclusão da demanda.

Procon Assembleia em Minas

De janeiro a maio de 2025 o Procon Assembleia, em Belo Horizonte, registrou 1.240 reclamações referentes a produtos, serviços e setor financeiro. No mesmo período de 2024, o número foi de 932. Ou seja, do ano passado para cá houve um aumento de aproximadamente 25% no número de reclamações.

Fonte: O Tempo