Conheça 3 dos tipos de golpes telefônicos mais comuns
Receber ligações de números desconhecidos se tornou rotina para muita gente. Muitas vezes são apenas chamadas de telemarketing ou gravações automáticas. Mas nem sempre é só um incômodo: em muitos casos, essas ligações são tentativas de golpe.
Segundo uma pesquisa da Mobile Time/Opinion Box com mais de 2 mil brasileiros, 75% dos entrevistados já foram alvo de pelo menos uma tentativa de fraude por telefone. Para 13%, essas ligações são quase diárias. Os criminosos, muitas vezes munidos de dados pessoais das vítimas, usam táticas emocionais e de convencimento para extorquir dinheiro ou obter informações sigilosas. O prejuízo, em 77% dos casos, fica em até R$ 1 mil — mas pode ser muito maior.
Confira os golpes mais comuns e saiba como se proteger:
1. Golpe do falso sequestro
É um dos mais assustadores e ainda muito frequente. A vítima recebe uma ligação de número desconhecido. Ao atender, ouve uma voz chorando e pedindo socorro, simulando ser um filho, filha ou outro familiar. No susto, muitas pessoas respondem com o nome de alguém próximo — “É você, minha filha(o)?” — o que entrega aos criminosos uma pista para continuar a farsa.
Em seguida, o golpista assume a conversa, diz que a pessoa foi sequestrada e exige uma transferência bancária para libertá-la. Às vezes, os criminosos mantêm a vítima na linha até a transação ser concluída. Em casos mais elaborados, eles ainda ligam para os filhos dizendo que a mãe ou pai está sob poder dos sequestradores, criando um ciclo de engano. Os prejuízos podem variar de R$ 3 mil a R$ 30 mil.
Vishing é um dos golpes mais comuns e mais fáceis de cair, o golpista se passa por atendente de banco, operadora ou outro serviço (Foto: Reprodução)
2. Vishing – o golpe do falso atendente
O termo vem da junção de “voice” e “phishing”, e se refere ao golpe aplicado por telefone com foco em roubo de dados financeiros. O golpista se passa por funcionário de banco, operadora, loja ou serviço conhecido da vítima.
A conversa começa com a “confirmação de dados” – informações que os criminosos já obtiveram de vazamentos na internet ou redes sociais. Com isso, ganham a confiança da vítima. Em seguida, oferecem vantagens ou dizem que é necessário completar um cadastro. É nesse momento que a vítima fornece dados bancários, números de cartão e até senhas.
Outro desdobramento comum desse golpe é o sequestro da conta do WhatsApp. O criminoso envia um código via SMS e pede que a vítima confirme. Com esse código, ele acessa a conta em outro aparelho e passa a pedir dinheiro para os contatos da vítima.
3. Roubo de dados pessoais para fraudes futuras
Esse tipo de golpe também começa com uma ligação de alguém se passando por uma empresa confiável, oferecendo promoções ou vantagens exclusivas. Com um tom simpático, o falso atendente solicita dados como nome completo, CPF, data de nascimento, nome da mãe, endereço e outros detalhes.
A vítima, acreditando estar lidando com um serviço legítimo, fornece as informações. Mesmo sem compartilhar dados bancários, o perigo é grande: com esses dados pessoais, criminosos podem abrir contas bancárias, fazer empréstimos ou realizar compras em nome da vítima — muitas vezes sem que ela perceba de imediato.
Como se proteger:
• Desconfie de ligações de números desconhecidos, especialmente com vozes chorando ou pedindo ajuda.• Nunca forneça dados pessoais ou bancários por telefone.
• Se alguém disser que um parente está em perigo, tente contato direto com ele antes de tomar qualquer decisão.
• Cadastre seu número no site Não Me Perturbe para reduzir chamadas de telemarketing.
• Use aplicativos de identificação e bloqueio de chamadas suspeitas.
• Em caso de golpe, registre boletim de ocorrência e avise seu banco e operadora imediatamente.
Fonte: ICL Notícias