Chá, cacau e maçã ajudam a reduzir pressão arterial, aponta pesquisa científica
Alimentos comuns como chá, cacau e maçã podem ter efeitos reais na redução da pressão arterial e na proteção da saúde cardiovascular. É o que revela um estudo recente que analisou mais de 145 ensaios clínicos com mais de 5.200 participantes.
Pesquisadores investigaram os chamados flavan-3-óis, compostos naturais presentes em plantas, e constataram que o consumo diário de cerca de 500 a 600 mg dessas substâncias, o que equivale a duas ou três xícaras de chá, uma porção de chocolate amargo ou algumas maçãs, pode causar reduções médias de 2 a 7 mmHg na pressão arterial, especialmente em pessoas com hipertensão.
Além disso, foi observada melhora na função dos vasos sanguíneos, inclusive entre quem tem pressão normal. O efeito é comparável ao de alguns medicamentos para pressão alta, mas com menos efeitos colaterais e de forma segura por meio da alimentação.
Cacau ou o chocolate amargo podem ter efeitos reais na redução da pressão arterial e na proteção da saúde cardiovascular (Foto: TV Brasil)
Como reduzir a pressão arterial
Presentes em alimentos como chá-verde e preto, cacau, uvas, peras e frutas vermelhas, os flavan-3-óis também melhoram a função endotelial, indicador importante da saúde vascular. O estudo aponta que, embora suplementos também contenham esses compostos, os efeitos mais expressivos foram observados com o consumo de alimentos integrais.
Os pesquisadores destacam que pequenas trocas no dia a dia, como incluir uma maçã, um pedaço de chocolate amargo ou mais uma xícara de chá, já podem fazer diferença na saúde do coração a longo prazo.
Ainda são necessários mais estudos, especialmente com pessoas diabéticas, mas as evidências já são fortes o suficiente para que alimentos ricos nesses compostos sejam recomendados como parte de uma dieta saudável.
Como reforça o professor Christian Heiss, um dos autores do estudo, essas descobertas mostram o potencial dos alimentos como parte da prevenção prática e acessível de doenças cardiovasculares.
Fonte: ICL Notícias