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O coração depois dos 40: o que muda, o que fazer e quais sinais não ignorar

Redação15 de julho de 20255min0
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Doenças cardiovasculares ainda são a principal causa de morte no Brasil, e a maioria dos casos ocorre após os 40 anos; Cardiologista explica quais exames devem entrar na rotina e os principais hábitos que mais sobrecarregam o coração nessa fase da vida

Segundo dados do estudo Global Burden of Disease (GBD), doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte no Brasil, respondendo por cerca de uma em cada três mortes no país. De 1990 a 2019, o número de brasileiros com doenças cardíacas saltou de 1,48 milhão para mais de 4 milhões, com destaque para faixas etárias acima dos 40 anos. Segundo a cardiologista, especialista pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e membro da Prime Care Medical ComplexDra. Thaysa Louzada, muitos dos fatores de risco são silenciosos e só aparecem quando a doença já está avançada. É por isso que a prevenção precisa ser ativa a partir da meia-idade, principalmente em pessoas com histórico familiar, hipertensão, diabetes ou sedentarismo.

“A partir dos 40 anos, é fundamental que homens e mulheres incluam em sua rotina exames preventivos, como avaliação clínica com aferição da pressão arterial, circunferência abdominal, índice de massa corporal (IMC), além de eletrocardiograma, testes laboratoriais (colesterol, glicemia, função renal) e, quando indicado, exames cardiológicos como teste ergométrico e ecocardiograma.”, explica a Dra. Thaysa.

Sinais que não devem ser ignorados – Falta de ar ao subir escadas, cansaço sem motivo aparente, dor no peito que irradia para o braço, palpitações, inchaço nas pernas, desmaios e até insônia inexplicada podem ser sinais de alerta para doenças cardíacas e devem ser investigados por um médico especialista.

Do ponto de vista de gênero, os homens costumam ter sintomas mais clássicos, como dor no peito, e as mulheres podem ter sinais mais sutis. Muitas vezes, cansaço ou náuseas são confundidos com ansiedade ou estresse, o que leva ao diagnóstico tardio e aumenta a mortalidade após o infarto ou menopausa, quando há queda dos hormônios protetores como o estrogênio.

Hábitos que sobrecarregam o coração – Entre os principais vilões da saúde cardiovascular após os 40 anos estão o sedentarismo, alimentação ultraprocessada, noites mal dormidas, estresse crônico e tabagismo. Pequenas mudanças de rotina como caminhar diariamente, adotar pausas para relaxamento e evitar cigarros e álcool já fazem grande diferença no risco cardiovascular.

A alimentação também tem papel decisivo. A dieta ideal para proteger o coração é baseada em alimentos naturais, com ênfase na dieta mediterrânea, que inclui frutas, legumes, verduras, grãos integrais, azeite de oliva, peixes e castanhas. Refrigerantes, frituras e excesso de sal e açúcar não são recomendados.

“É possível reverter fatores de risco com estilo de vida e evitar muitos casos de infarto, insuficiência cardíaca e AVC. Para isso, é preciso informação, disciplina e acompanhamento regular com um especialista médico”, reforça.

Histórico familiar – Pessoas com histórico familiar de infarto, AVC ou morte súbita em familiares de primeiro grau (homens antes dos 55 anos ou mulheres antes dos 65) devem iniciar um acompanhamento com cardiologista a partir dos 30–35 anos. “É fundamental uma avaliação mais frequente e controle rigoroso de colesterol, pressão, glicemia e hábitos“, finaliza.

Sobre a Dra. Thaysa Louzada

Cardiologista da Prime Care Medical Complex, Membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e do Departamento de Imagem Cardiovascular (DIC/SBC).

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