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Assistir vídeos em alta velocidade prejudica a memória, diz estudo

Redação18 de julho de 20254min0
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Acelerar vídeos pode parecer uma solução eficiente para economizar tempo, mas esse hábito tem consequências diretas na memória e na capacidade de aprendizado — principalmente entre os mais velhos

Acelerar vídeos pode parecer uma solução eficiente para economizar tempo, mas esse hábito tem consequências diretas na memória e na capacidade de aprendizado — principalmente entre os mais velhos. É o que revela uma meta-análise publicada na revista científica Educational Psychology Review, que revisou dados de 24 estudos sobre o tema.

Segundo os pesquisadores, assistir conteúdos em velocidades como 2x ou 2,5x pode sobrecarregar o cérebro e prejudicar a retenção de informações, especialmente quando se trata de conteúdos complexos. O impacto é mais severo na chamada memória de trabalho, mecanismo cerebral que nos permite manter e manipular informações temporárias, como uma espécie de bloco de notas mental.

Jovens se adaptam melhor, mas também sofrem perdas

O estudo dividiu os participantes em dois grupos: um assistia aos vídeos em velocidade normal e outro em modos acelerados (1,25x, 1,5x, 2x e 2,5x). Após o conteúdo, todos eram submetidos a testes de memória. Os resultados mostraram que a perda de compreensão foi pequena em 1,25x e 1,5x, mas se tornou significativa em velocidades a partir de 2x.

Por exemplo, estudantes que assistiram a vídeos em 1,5x apresentaram uma queda de apenas 2% no desempenho, enquanto aqueles expostos a vídeos em 2,5x perderam até 17% na retenção de conteúdo.

Entre os jovens de 18 a 36 anos, o impacto foi relativamente menor: mesmo em 2x, a compreensão geral permaneceu acima de 90%. Isso, segundo os autores, pode estar relacionado à maior flexibilidade cognitiva e à familiaridade dessa geração com o consumo rápido de informações.

Idosos sentem mais os efeitos

O grupo com os piores resultados foi o de participantes entre 61 e 94 anos. Mesmo assistindo a vídeos em 1,5x, essa faixa etária teve queda de até 31% na compreensão. Os pesquisadores destacam que, com o avanço da idade, o cérebro perde parte da plasticidade e da capacidade de adaptação a estímulos rápidos, o que limita o processamento eficiente de informações aceleradas.

Qual é a velocidade ideal?

Para quem não quer comprometer o aprendizado, os especialistas recomendam manter a reprodução entre 1,25x e 1,5x — principalmente em vídeos educativos ou técnicos. Acima disso, o risco de perda de compreensão cresce consideravelmente.

Outro ponto importante é o prazer na experiência. Mesmo quando o desempenho cognitivo não é drasticamente afetado, assistir a vídeos em alta velocidade pode tornar o conteúdo menos envolvente, reduzindo a motivação para aprender ou reter as informações.

Um hábito comum, mas com consequências

Com a popularização de plataformas como YouTube, Netflix, Instagram e TikTok, a opção de acelerar vídeos se tornou uma prática comum. Mas o estudo alerta que, embora a função economize tempo, usá-la de forma indiscriminada pode comprometer o aprendizado e sobrecarregar o cérebro — especialmente em públicos mais velhos.

A conclusão é simples: velocidade nem sempre significa eficiência. E, quando o objetivo é aprender ou memorizar, o melhor é diminuir o ritmo.

Fonte: Pardal Tech

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