Pulmão de pipoca: o que é, quais os sintomas e por que o inverno aumenta o risco
Com a chegada do inverno e o aumento dos casos de doenças respiratórias, cresce também a incidência de bronquiolite obliterante, conhecida como pulmão de pipoca. Embora não seja tão popular, essa condição pode afetar pessoas de diferentes idades.
O nome peculiar, “pulmão de pipoca”, surgiu no início dos anos 2000 quando pesquisadores identificaram a doença pela primeira vez entre trabalhadores de uma fábrica de pipoca de micro-ondas. Esses indivíduos inalavam diacetil, um aromatizante químico que confere o sabor amanteigado da pipoca. A substância não se restringe à indústria alimentícia; ela também era utilizada em outras fábricas e, mais recentemente, foi identificada no líquido dos cigarros eletrônicos (e-cigarettes) ou vapes, levantando sérias preocupações.
A pneumologista pediátrica da Afya Ipatinga, Dra Fernanda Lima, explica as consequências da doença. “É uma doença pulmonar grave, caracterizada pela inflamação e obstrução progressiva das pequenas vias aéreas (bronquíolos), levando à formação de tecido cicatricial (fibrose) que compromete de forma irreversível a função respiratória.”
Dra Fernanda ressalta que os sintomas da bronquiolite obliterante incluem tosse seca persistente, falta de ar (dispneia) que piora progressivamente, chiado no peito (sibilância) e fadiga, que se instalam de forma irreversível e podem evoluir para insuficiência respiratória crônica. Além disso, o uso contínuo de vapes e cigarros eletrônicos têm sido associado a danos estruturais permanentes nos bronquíolos, o que pode resultar na necessidade de oxigenoterapia crônica e em uma redução significativa na qualidade de vida.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
A especialista destaca que a prevenção da bronquiolite obliterante, conhecida como pulmão de pipoca, envolve principalmente três frentes de cuidado. A primeira delas é a prevenção de infecções respiratórias graves, por meio da vacinação adequada. Isso inclui imunização contra influenza, COVID-19, pneumococo e coqueluche, além do incentivo ao aleitamento materno.
Outra medida importante citada pela médica da Afya é evitar a exposição a substâncias tóxicas, como o uso de cigarros comuns, cigarros eletrônicos e vapes. Esses dispositivos, além de conterem diacetil, também apresentam formaldeído e acetato de vitamina E, substâncias associadas a lesões inflamatórias e fibrosantes nos pulmões.
Por fim, a vigilância ocupacional é essencial. Isso inclui o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) em ambientes com vapores tóxicos, como indústrias alimentícias ou químicas, e a redução da exposição domiciliar ao tabagismo passivo.
Sobre a Afya
A Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil, e “Valor 1000” (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações em http://www.afya.com.br e ir.afya.com.br.