Encontro dos Formandos de 1991 da Escola Superior de Educação Física de Muzambinho
ABRAÇO AO TEMPO (Poema)
Trinta e quatro anos, um sopro, um rio, um mar.
Corpos moldados pelo tempo, histórias tatuadas na pele, alegrias que brilham, dores que ensinaram a amar.
Na sala sagrada, onde o corpo se move e o cérebro sorri, quantas aulas dançaram no chão da vida?
Quantos passos, saltos, gestos, nasceram do encontro entre ciência e paixão?
Recordo o método da natureza, educação física ecológica, Mosston e seus estilos, a cinesiologia que lê o momento como poesia, o paradigma bioecológico, e a ciência da motricidade humana, que nos lembra: somos corpo, mente, mundo.
Hoje, no topo da nossa própria existência a pergunta ecoa:
O que fazer com o tempo que nos resta?
Talvez isto: Abraçar.
Abraçar com energia, para semear saúde, regar a paz e colher Amor.
Muzambinho 2 de agosto de 2025.
Aos formandos de 1991…
Os corações estão acelerados…
As emoções surgem como num passe de mágica.
Ah, a nostalgia… Saudades de cada lugar que nos é tão familiar…
E de cada um que, durante três anos, nos ajudou a caminhar.
Quantas marcas e histórias ficaram gravadas neste lugar…
A alegria de estarmos iniciando o primeiro passo em 1989…
A chegada, o novo, as pessoas trazendo seus sonhos!
Na mochila, a incerteza de que tudo daria certo;
o sorriso surgindo em cada novo aluno;
e um abraço tímido que era dado…
A faculdade era um sonho a ser realizado — com o primeiro pontapé lançado!
Ah, meu Deus… Cada professor que entrava na sala era um novo componente, mais uma disciplina.
Com algumas, a empatia surgia como uma semente germinando;
com outras, era preciso regar — e nós íamos aprendendo e ensinando a todo momento.
Com o tempo, alguns desistiram — talvez por vontade própria,
talvez pela dificuldade de cursar uma faculdade longe de casa, longe da família,
que tanto nos incentivou — ou por motivos desconhecidos e adversos…
Mas, ao longo dos anos, fomos nos tornando convictos
de que aquilo era, de fato, a realização de um sonho,
transformando-se em profissão.
Os professores, como maestros e mestres, nos mostravam
que teríamos que lutar por nosso lugar ao sol — assim como eles fizeram.
Depois de 1991, não teríamos mais os ensinamentos diários dos mestres,
mas tomamos as rédeas da nossa batuta,
e com ela passamos a reger nossa própria profissão.
Com o tempo, muitos perderam o contato,
mas seguiram na profissão; outros mudaram de rumo…
Alguns nos deixaram e partiram para outro plano —
mas certamente estão felizes com as conquistas de cada um de nós.
Estamos em 2025.
Quantos abraços e sorrisos serão dados, quantos momentos relembrados!
Quanta história para recordar…
Quantas novidades: casamentos, filhos, aposentadorias, netos…
Acredito que o dia 2 de agosto de 2025 será pequeno para tantas conquistas.
Celebrem. Comemorem. Sorriam. Abracem. Criem memórias.
Felicidades e parabéns a todos os meus companheiros de profissão,
a todos os professores e funcionários dessa renomada instituição,
hoje uma faculdade federal.
Gratidão a todos vocês por fazerem parte de um momento único —
lá do início, lá da formatura… e agora.
Abraços,
Márcia Aparecida Vigato.