Programa melhora a qualidade da energia e o atendimento para produtor rural em Minas
Impactados pela pandemia, Raissa Salloun e o marido decidiram empreender e montar uma carpintaria em um sítio na zona rural de Santa Rita de Caldas, no Sul de Minas. O negócio cresceu, mas eles tiveram que conviver com um desafio além dos normais para um empreendedor brasileiro: a instabilidade do serviço de energia. “Já chegamos a ficar três dias sem o fornecimento.
Meu marido também não conseguia trabalhar, pois dependia das máquinas elétricas. Por diversas vezes, perdíamos dias de trabalho nosso e dos funcionários, e as entregas atrasavam”, relembra.
Mas esse quadro vem mudando nos últimos meses na região, que foi uma das contempladas com uma base do Cemig Agro. Em pouco mais de um ano, o programa implementou uma série de investimentos para melhorar a qualidade da energia e o atendimento aos clientes rurais.
Rayssa já sentiu a diferença na última vez que precisou de um atendimento. “Nós abrimos o chamado, e o prazo que nos deram era de até 48 horas. Já estávamos nos preparando para ficar como nas outras vezes, mas a energia voltou rapidamente. Além de restabelecer a energia, os eletricistas notaram que havia muitos galhos em volta da rede e já fizeram as podas, inclusive não deixaram os galhos no local, limparam tudo. Fizeram um check-up na rede inteira”, conta.
Com a experiência, dá para pensar em ampliar a carpintaria, que hoje já possui cinco funcionários. “A gente pode investir mais aqui no sítio, não precisando terminar os serviços fora, porque a gente tem hoje mais confiança de que não vai ficar na mão por causa da energia”, avalia.
Assim como Rayssa, produtores rurais de todas as regiões de Minas também sentem as mudanças devido ao Cemig Agro, que acaba de completar um ano de existência. Foram criadas 76 bases descentralizadas para que as equipes ficassem mais próximas das áreas com maior necessidade de um atendimento mais ágil e eficiente.
Desde janeiro, quando mais de 220 técnicos treinados começaram a trabalhar em todas as regiões de Minas, até julho, foram realizados 122 mil serviços, incluindo ocorrências emergenciais, manutenção preventiva, vistorias, podas de árvores e limpezas de faixas.
Na área da Superintendência Regional Sul da Cemig, foram realizados 22 mil serviços, nas 13 bases do projeto instaladas nas cidades de Alterosa, Bocaina de Minas, Bom Repouso, Caldas, Conceição do Pará, Pains, Pedra do Indaia, Pratápolis, Pouso Alto, Santana da Vargem, São Gonçalo do Pará, São João Batista do Glória e São Vicente de Minas.
Investimentos
Dentro do maior ciclo de investimentos da história da companhia, cerca de R$ 11 bilhões serão investidos até 2027 em áreas com impacto direto ao setor Agro. Entre as ações estão a construção e ampliação de mais de 200 subestações, a instalação de 30 mil Km de redes trifásicas e a instalação de mais de 3.000 religadores automáticos, que podem restabelecer o serviço de energia remotamente, dependendo da causa, sem a necessidade de deslocamento de equipes.
Para o vice-presidente de Executivo da Cemig, Marcos Montes, o Cemig Agro está deixando a empresa mais próxima dos produtores rurais. “O Agronegócio é um dos setores de maior impacto na economia mineira, e a Cemig está tratando os produtores com a importância que eles merecem, com um aporte significativo de investimentos que induzem o desenvolvimento do setor, gerando empregos e renda em todas as regiões do estado”, afirma
Sindicatos e associações
O Cemig Agro também melhorou a interlocução entre os sindicatos e associações de produtores rurais de Minas. O programa possui um telefone exclusivo de atendimento (0800-721-6600) pelo qual as instituições representativas conseguem enviar suas demandas e agilizar soluções. Desde a implementação do serviço, em junho de 2024, mais de 70 mil demandas foram atendidas.
Além disso, são realizados encontros periódicos com as associações, em suas cidades, onde líderes da Cemig ouvem as demandas e discutem as soluções e prioridades daquela localidade.
A melhoria do atendimento pode ser atestada em números. De janeiro a julho de 2025, o número de reclamações de clientes rurais na Cemig caiu 56% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as reclamações na Aneel caíram 24% no mesmo período.
“Além de abrir espaço para ouvir as demandas e, na medida do possível, direcionar esses investimentos para onde eles farão diferença real para os produtores, estamos levando inovação e sustentabilidade ao campo, modernizando nossa rede e tornando nossos equipamentos mais eficientes para permitir que o produtor rural possa, também, investir e ampliar sua produção, gerando desenvolvimento para todo o Estado”, afirma a coordenadora do programa, Ciceli Martins.