Cicatrizes e estrias podem deixar de ser um incômodo

As marcas deixadas por cicatrizes e estrias são motivo de desconforto para boa parte das mulheres brasileiras. Uma pesquisa da MIS Company, em parceria com a Opinion Box, ouviu 500 mulheres, entre 25 e 49 anos, de todas as regiões do país, e revelou que 94% delas têm estrias. Mais da metade (54%) também afirmaram se sentirem incomodadas com essas marcas, que afetam a autoestima.

Já a presença de cicatrizes foi apontada por 81% das entrevistadas, seja em razão de cirurgia (35%), acidente (20%) ou acne (15%). Para 40% das mulheres, as marcas também interferem na forma como se sentem em relação ao próprio corpo. Ainda assim, 71% nunca recorreram a tratamentos para amenizá-las.

O estudo mostra, ainda, que sete em cada dez mulheres desconhecem métodos considerados “realmente eficientes” para o tratamento das estrias. No entanto, com os avanços da tecnologia aplicada à estética, já existem procedimentos que ajudam a suavizar essas marcas e a melhorar o aspecto da pele.

De acordo com a gerente do corpo clínico da Beauty Systems, Leticia Pak, as tecnologias mais recomendadas são aquelas que atuam estimulando a remodelação do colágeno e a regeneração da pele.

“Procedimentos como lasers fracionados, microagulhamento robótico, radiofrequência microagulhada e bioestimuladores de colágeno promovem uma renovação celular controlada nas camadas profundas da pele, suavizando a textura e melhorando a aparência.”

Pak explica que, entre as tecnologias utilizadas, o Youlaser MT é um exemplo que combina dois feixes de laser para atingir diferentes profundidades da pele, tratando marcas causadas por cicatrizes e melhorando a textura e o tônus da região afetada com menor tempo de recuperação.

“Cada tecnologia tem seu papel: algumas estimulam a produção de novas fibras de colágeno e elastina, enquanto outras atuam na reorganização das já existentes. O resultado é uma pele com mais uniformidade, elasticidade e firmeza”, destaca.

Mas como surgem essas marcas?

As cicatrizes são marcas que se formam quando a pele sofre algum tipo de lesão, como cortes, cirurgias ou queimaduras, e passa pelo processo natural de reparação. Pak explica que, durante esse processo, o corpo produz colágeno para “fechar” a ferida, mas nem sempre a pele volta exatamente como era antes. Por isso, podem surgir cicatrizes mais evidentes, com relevo ou coloração diferente.

As estrias, por sua vez, aparecem quando a pele estica de forma acelerada, rompendo fibras de colágeno e elastina. Esse processo é comum em fases como a adolescência, gravidez ou em casos de ganho rápido de peso. As marcas podem ter coloração vermelha, roxa ou branca, dependendo do estágio em que se encontram.

Em entrevista à imprensa, o biomédico e fisioterapeuta dermatofuncional, Thiago Martins, acrescenta que, além de fatores genéticos, outras condições favorecem o surgimento das estrias, como uso de corticoides, ressecamento da pele e alterações hormonais.

Bons hábitos ajudam na prevenção de estrias

De acordo com informações da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, há maneiras de prevenir as estrias. Entre os cuidados recomendados estão manter a pele sempre hidratada e ingerir bastante água.

A hidratação e a nutrição do órgão ajudam a manter sua elasticidade e reduzir o risco de rompimento das fibras de colágeno. Também é indicado praticar exercícios físicos com regularidade e evitar oscilações bruscas de peso, que podem ocorrer, por exemplo, na gravidez, em dietas ou em períodos de estresse.

Letícia Pak também defende o respeito ao tempo biológico da pele, acompanhando de perto cada fase da cicatrização. “A atuação preventiva, personalizada e multidisciplinar é o que garante melhores resultados a longo prazo”, alerta.