Veja nove profissões que têm vagas sobrando por falta de mão de obra

O mercado de trabalho brasileiro convive hoje com uma contradição: ao mesmo tempo em que registra taxas de desemprego em patamares historicamente baixos, empresas de diferentes setores enfrentam dificuldades crescentes para preencher vagas.

Dados da pesquisa Escassez de Talentos, realizada pela ManpowerGroup, revelam que 81% das companhias no país relatam falta de profissionais com as competências exigidas. O Brasil aparece, assim, como o sétimo país no mundo com maior dificuldade em contratar.

Especialistas apontam que esse gargalo decorre de dois fatores principais: o avanço tecnológico, que cria novas demandas de qualificação, e uma mudança cultural, sobretudo entre os jovens, que priorizam modelos de trabalho mais flexíveis e autônomos em vez do regime formal previsto pela CLT. Estudos da Fiesp e do Datafolha reforçam essa tendência.

O resultado, segundo o site “Concurso no Brasil”, é um quadro paradoxal: milhares de vagas ficam abertas, especialmente em ocupações de nível médio. Entre as áreas que mais sofrem com a escassez de mão de obra estão:

Profissões

Atendente de loja – Primeiro contato do consumidor com o varejo, é responsável por organizar o espaço, apresentar produtos e fidelizar clientes.

Técnico em secretariado – Profissional multifuncional que gerencia agendamentos, documentos, comunicação e suporte administrativo.

Eletricista – Atua na instalação e manutenção de sistemas elétricos em residências, indústrias e comércios, exigindo atualização constante em normas e tecnologias.

Operador de caixa – Essencial no processo de compra, lida com transações financeiras e atendimento ao público em alta rotatividade.

Operador de máquinas – Indispensável na indústria, no agronegócio e na construção civil, demanda capacitação técnica para lidar com equipamentos cada vez mais automatizados.

Repositor – Garante prateleiras abastecidas em supermercados e atacadistas, função marcada por grande volume de contratações e alta rotatividade.

Técnico em agricultura digital – Profissional emergente que alia conhecimento agronômico ao uso de drones, sensores e softwares de gestão.

Técnico em enfermagem – Responsável por cuidados diretos aos pacientes, com funções que vão de administração de medicamentos a apoio em exames.

Técnico em manutenção de aeronaves – Atividade de alta especialização, vital para a segurança e a eficiência do transporte aéreo.

Essas nove profissões ilustram como a escassez de mão de obra qualificada não se limita a áreas de alta tecnologia, mas atinge também funções operacionais e de serviços essenciais para o funcionamento da economia.

Fonte: ICL Notícias