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Asfixia perinatal: veja gravidade, complicações e a importância do tratamento adequado

Redação10 de setembro de 20254min0
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Condição é a terceira maior causa de mortes de recém-nascidos no mundo

Cerca de 20 mil crianças nascem anualmente no Brasil com problemas de oxigenação cerebral, uma condição conhecida como asfixia perinatal. Este quadro, considerado a terceira maior causa de mortes de recém-nascidos no mundo, é o foco da campanha Setembro Verde Esperança 2025, promovida pelo Instituto Protegendo Cérebros, Salvando Futuros, em parceria com instituições nacionais e internacionais.

Segundo o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS), a asfixia perinatal responde por 23% dos óbitos de recém-nascidos globalmente. No Brasil, a situação é ainda mais grave diante da falta de acesso a tratamento. Estudo publicado no American Journal of Perinatology (2019) mostra que menos de 5% dos bebês diagnosticados recebem suporte adequado. As consequências vão de paralisia cerebral e deficiência cognitiva até cegueira e surdez.

O médico neonatologista Gabriel Variane, fundador do Instituto, afirma que o país precisa avançar em políticas de prevenção e tratamento. “No Brasil, são dois a três bebês por hora que nascem com falta de oxigenação no cérebro. Esse impacto precisa ser percebido e evitado por meio de medidas preventivas e estratégias de neuroproteção”, destaca.

Variane lembra que houve progressos em campanhas educativas e na capacitação de profissionais, mas reforça que as ações ainda são pontuais. “É hora de transformar iniciativas isoladas em estratégias nacionais, com engajamento do governo, setor privado e sociedade civil”, completa.

#EuRespiroaVida

A campanha, que chega à 6ª edição, tem como lema #EuRespiroaVida. Uma das idealizadoras da iniciativa, a neonatologista Mariana Dizotti, explica que a condição é mais comum do que parece. “O termo asfixia perinatal assusta, mas quando falamos que um bebê nasceu e não chorou, que é um dos indicativos dessa condição, vemos que esse problema está mais próximo da realidade das famílias do que imaginamos”, afirma.

Para ela, informação e diagnóstico precoce podem mudar a vida das crianças. “A chegada de um filho pode se transformar em um período de medos e incertezas para os pais. Mas com tratamento e ações rápidas, é possível garantir qualidade de vida para esses bebês. É essa esperança que a campanha busca transmitir”, conclui.

Desafios da prevenção

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), as principais estratégias para minimizar o impacto da asfixia perinatal envolvem o que especialistas chamam de “quatro pilares da prevenção”: realização de pré-natal adequado; assistência especializada na sala de parto, especialmente durante o chamado minuto de ouro; tratamento em unidades de terapia intensiva (UTI) neonatal com acompanhamento especializado; e reabilitação pós-alta hospitalar.

A instituição destaca que os desafios para consolidar esses pilares no âmbito da rede de atenção materna e neonatal do SUS passam por questões como regionalização dos serviços, infraestrutura, capacitação multidisciplinar e educação continuada das equipes.

Fonte: O Tempo

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