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Psiquiatra esclarece mitos e verdades sobre o uso de medicamentos na saúde mental

Redação17 de setembro de 20253min0
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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada oito pessoas no mundo vive com algum transtorno mental, e a depressão já é considerada a principal causa de incapacidade global.

No Brasil, estima-se que mais de 11 milhões de pessoas tenham depressão e cerca de 19 milhões convivam com transtornos de ansiedade, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Apesar da alta prevalência, o uso de medicamentos psiquiátricos ainda é cercado de dúvidas e preconceitos: será que tomar remédio é sinal de fraqueza? Existe risco de dependência? O tratamento é para sempre?

Para esclarecer essas questões e combater mitos que dificultam o acesso ao cuidado adequado, o psiquiatra Fauze Fakhouri, do Instituto Maria Modesto, falou sobre o papel dos medicamentos na saúde mental e destacou em quais situações eles são realmente necessários.

Segundo o especialista, ainda há muito estigma. “Muitas pessoas acreditam que o uso de medicação psiquiátrica é sinônimo de fragilidade, mas, na verdade, trata-se de um recurso médico, como qualquer outro, indicado em situações específicas para devolver qualidade de vida ao paciente”, afirma.

Sobre o medo de dependência, Fauze explica que a generalização é equivocada: “Nem todo medicamento causa dependência. Há diferentes classes de remédios usados em saúde mental, e a maioria não tem efeito viciante. O uso contínuo, em alguns casos, se dá pela necessidade clínica, assim como ocorre no tratamento de hipertensão ou diabetes”.

Ele ressalta que os medicamentos são indicados quando os sintomas afetam de forma significativa a vida do paciente, como em quadros de ansiedade intensa, depressão grave, transtornos do sono, entre outros. “A medicação pode ser essencial para estabilizar o quadro e permitir que outras abordagens, como a psicoterapia, tenham resultados mais efetivos”, explica.

O psiquiatra também alerta para os riscos da automedicação: “Tomar remédios sem orientação médica pode mascarar os sintomas, trazer efeitos colaterais e até gerar dependência. Por isso, o acompanhamento profissional é indispensável para indicar, ajustar e, quando possível, retirar a medicação com segurança”, completa.

A mensagem principal, segundo Fauze, é que buscar ajuda especializada não deve ser motivo de medo ou vergonha. “Cuidar da saúde mental com acompanhamento médico é um ato de coragem e autocuidado”, finaliza.

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