Setembro Amarelo: por que falar sobre suicídio salva vidas
Setembro Amarelo é a campanha nacional de prevenção ao suicídio que volta a ganhar força neste mês com o objetivo de reduzir estigmas e ampliar o acesso a ajuda emocional.
Dados recentes mostram que o país segue registrando números alarmantes: mais de 16 mil mortes por suicídio por ano, o que representa cerca de 45 vidas perdidas por dia. Em Minas Gerais, o estado está entre os que registraram maior número absoluto de casos — reforçando a necessidade de ações locais de informação, escuta e encaminhamento para tratamento.
Números que preocupam
Relatórios nacionais indicam que os casos de suicídio têm aumentado nos últimos anos. O Atlas da Violência e o Ministério da Saúde apontam crescimento especialmente entre jovens de 15 a 29 anos.
As estatísticas mostram que os homens representam a maior parte das mortes, mas mulheres e adolescentes apresentam número expressivo de tentativas, o que gera alta demanda para a rede de atenção psicossocial.
Minas Gerais: atenção redobrada
Levantamentos apontam que Minas Gerais figura entre os estados com mais de 2 mil registros de suicídio em um único ano, chamando atenção para a necessidade de políticas locais e campanhas de prevenção.
Municípios e instituições de saúde têm papel fundamental ao criar espaços de escuta, atendimento psicológico acessível e ações de conscientização — algo que pode salvar vidas.
Sinais de alerta
Falar sobre suicídio não incentiva o ato — ao contrário, pode ser o primeiro passo para salvar alguém.
Fique atento a comportamentos como:
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Isolamento repentino ou distanciamento de amigos e família;
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Fala sobre querer morrer ou “não aguentar mais”;
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Mudanças no apetite ou sono;
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Doação de pertences sem explicação;
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Uso crescente de álcool ou drogas.
Se notar sinais em alguém próximo, converse de forma acolhedora, sem julgamento, e incentive a busca por ajuda profissional.
Onde buscar ajuda
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CVV – 188: Atendimento gratuito e sigiloso 24h por telefone, chat ou e-mail (cvv.org.br).
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SAMU – 192: Em caso de emergência ou tentativa em andamento.
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Unidades de saúde do SUS: procure atendimento psicológico ou médico na rede de atenção psicossocial.
Mobilização é coletiva
Campanhas como o Setembro Amarelo ajudam a romper o silêncio, oferecer informação de qualidade e criar redes de apoio.
Em Muzambinho e região, escolas, igrejas, unidades de saúde e meios de comunicação podem se unir para levar o tema a mais pessoas, mostrando que pedir ajuda é um ato de coragem.
Compartilhe esta matéria e ajude a divulgar os canais de atendimento. Informação pode salvar vidas.