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Saúde infantil: quando a virose pode ser sinal de alerta?

Redação6 de outubro de 20255min0
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Especialista explica sintomas frequentes e situações em que pais devem correr ao hospital

Febre, tosse e diarreia são queixas frequentes nos consultórios pediátricos e muitas vezes estão ligadas a viroses comuns. Apesar de, na maioria das vezes, serem quadros autolimitados, é fundamental que pais e responsáveis reconheçam quando os sinais indicam apenas um mal-estar passageiro ou quando revelam a necessidade de atendimento imediato.

A pediatra, infectologista e professora do curso de Medicina do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Recife, campus Boa Viagem, Alexsandra Costa, explica que os sintomas variam de acordo com o tipo de vírus. “Nos quadros respiratórios, os mais frequentes são coriza, tosse seca ou rouca, congestão nasal e dor de garganta, geralmente acompanhados de febre e perda de apetite. Já nas viroses gastrointestinais, é comum aparecer diarreia aquosa, vômitos e dor abdominal”, aponta a especialista.

Além das manifestações específicas, sinais gerais como irritabilidade, cansaço, dor de cabeça e mialgia leve também podem surgir. Em crianças pequenas, a identificação é ainda mais desafiadora, pois os sintomas podem se resumir a choro persistente, sono irregular e recusa alimentar.

Apesar de assustar, a febre isolada nem sempre é sinônimo de perigo. “Se o pequeno continua ativo, aceita líquidos e mantém boa respiração, os pais podem cuidar em casa com medidas simples de conforto. O problema é quando o comportamento muda: letargia, sonolência excessiva, dificuldade para acordar ou febre persistente por mais de três dias exigem avaliação médica”, explica Alexsandra.

Em bebês menores de três meses, qualquer elevação da temperatura deve ser considerada motivo para consulta imediata. Alerta ainda para situações em que a ida ao pronto-socorro não pode ser adiada: dificuldade respiratória, crises convulsivas, manchas roxas que não desaparecem com a pressão, rigidez de nuca e sinais de desidratação grave, como boca seca, ausência de lágrimas, poucas fraldas molhadas ou urina muito escura. São indícios de doenças que podem evoluir rapidamente e precisam de intervenção médica urgente.

Outro risco importante é a automedicação. “Dar remédios sem prescrição pode trazer sérias consequências. “Erros de dosagem, uso de substâncias inadequadas para a idade ou até anti-inflamatórios podem provocar efeitos colaterais graves. O ideal é sempre respeitar a orientação do pediatra e nunca oferecer xaropes ou combinações para resfriados em lactentes”, adverte a especialista.

Para a recuperação, hidratação e alimentação equilibrada fazem diferença. “Febre, vômitos e diarreia aumentam as perdas de líquidos, por isso é fundamental oferecer água, soluções de reidratação oral ou manter o aleitamento materno nos bebês. Quanto à dieta, não é preciso forçar grandes refeições; pequenas porções leves e nutritivas já ajudam no processo”, orienta a professora.

Na prevenção, a médica reforça medidas simples, mas eficazes: manter a vacinação em dia, incentivar a lavagem frequente das mãos, ensinar a etiqueta respiratória e evitar o compartilhamento de utensílios. Ambientes ventilados e o isolamento da criança doente também reduzem a propagação dos vírus em escolas e creches.

No fim das contas, o recado é direto: observar mais do que apenas os números do termômetro. “O estado geral da criança fala mais alto. Se estiver alerta, hidratada e com sintomas leves, é possível acompanhar em casa. Mas qualquer sinal de alerta deve levar os pais a buscar atendimento sem demora”, conclui Alexsandra Costa.

 

Congresso de Medicina

Com a evolução da tecnologia em Medicina para descoberta de várias doenças, a UNINASSAU Recife promove o II Congresso Brasileiro de Medicina, nos dias 07, 08 e 09 de outubro. O tema dessa edição é “Desafios e avanços da Medicina moderna para o futuro da saúde”. Para se inscrever, basta acessar o link https://conheca.sereducacional.com/medicina-recife.

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