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OMS alerta: resistência a antibióticos cresce e ameaça avanços da medicina

Redação14 de outubro de 20254min0
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Relatório aponta aumento de até 40% em infecções resistentes; problema já causa mais de 1 milhão de mortes anuais no mundo

A resistência a antibióticos está crescendo em ritmo alarmante e já ameaça comprometer décadas de progresso médico, segundo um novo relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira (13). O estudo mostra que uma em cada seis infecções bacterianas confirmadas em laboratório é resistente a tratamentos com antibióticos — e que essa resistência aumentou em cerca de 40% das amostras analisadas entre 2016 e 2023.

Com base em dados de mais de 100 países, o levantamento indica que a resistência antimicrobiana é diretamente responsável por mais de 1 milhão de mortes por ano. A OMS pede que governos e sistemas de saúde adotem medidas urgentes para promover o uso responsável desses medicamentos e ampliar o acesso a diagnósticos e vacinas.

“A resistência antimicrobiana está ultrapassando os avanços da medicina moderna, ameaçando a saúde das famílias em todo o mundo”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao divulgar o relatório. “Precisamos usar os antibióticos de forma responsável e garantir que todos tenham acesso aos medicamentos certos, diagnósticos de qualidade garantida e vacinas.”

Com base em dados, o estudo indica que a resistência antimicrobiana é diretamente responsável por mais de 1 milhão de mortes por ano (Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

Atividade humana acelera resistência a antibióticos

De acordo com a OMS, embora as mutações genéticas em bactérias sejam parte natural do processo evolutivo, a atividade humana está acelerando esse fenômeno. O uso excessivo e indevido de antibióticos em humanos, animais e plantações cria condições para o surgimento de cepas cada vez mais resistentes, que tornam tratamentos comuns ineficazes e aumentam o risco de complicações graves.

O problema é mais crítico em regiões do sul da Ásia e do Oriente Médio, onde cerca de uma em cada três infecções relatadas é resistente a antibióticos. Já na África, a OMS alerta que mais de 70% das bactérias responsáveis por infecções na corrente sanguínea — que podem causar sepse, falência de órgãos e morte — já não respondem aos medicamentos de primeira escolha.

A agência da ONU reforça que, sem uma resposta coordenada, o avanço da resistência antimicrobiana pode tornar procedimentos médicos rotineiros, como cirurgias, partos e tratamentos oncológicos, cada vez mais perigosos.

Fonte: ICL Notícias

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