Saiba como proteger seu celular de golpes e recuperar o aparelho se for roubado
O celular, hoje, é muito mais do que um meio de comunicação. Nele estão armazenadas informações pessoais, profissionais e financeiras, de redes sociais a aplicativos bancários e documentos importantes. Por isso, a perda, o furto ou o roubo do aparelho podem causar grandes prejuízos.
O delegado Leandro Costa Lacerda Azevedo, titular da 5ª Delegacia de Polícia de Campo Grande (MS), explicou, em entrevista ao site “Mídia Max”, as principais medidas de proteção digital e física que podem reduzir os riscos e até ajudar na localização do dispositivo, especialmente se adotadas em até 30 minutos após o incidente.
Autenticação multifator: a primeira linha de defesa
Segundo o delegado, a autenticação multifator é uma das formas mais eficazes de proteger dados pessoais e bancários. O sistema exige duas ou mais formas de verificação de identidade antes de liberar o acesso a um aplicativo ou site.
“Não é recomendado desinstalar os aplicativos bancários. O ideal é ocultá-los em pastas seguras ou ativar o modo privado do celular. Muitos modelos já contam com recursos de pastas protegidas e autenticação biométrica adicional”, orienta Azevedo.
Ele reforça que a autenticação multifator deve estar sempre ativada em contas bancárias e serviços sensíveis.
Biometria e limites de transação
Outra recomendação é habilitar biometria facial ou digital combinada com um token descartável. “Essas medidas reduzem em até 90% as chances de acesso não autorizado”, explica o delegado.
No caso das transações financeiras, o ideal é definir limites diários e noturnos.
“Configure, por exemplo, um limite diário de R$ 1 mil e um limite noturno — entre 22h e 6h — reduzido para R$ 200. Para novos destinatários, mantenha o limite em torno de R$ 500”, sugere.
Pequenos valores e cartões pré-pagos
Azevedo alerta que depender apenas do celular para pagamentos via Pix pode ser arriscado.
“É recomendável carregar pequenos valores em espécie e, se possível, utilizar cartões pré-pagos com saldo limitado, especialmente em locais com grande concentração de pessoas, como festas e eventos.”
Segurança física do celular
Para reduzir o risco de furtos, o delegado orienta atenção redobrada em locais públicos.
Se o celular for levado, agir rápido é essencial
“Se precisar usar o celular por mais tempo, posicione-se próximo a policiais civis, militares ou guardas municipais. Isso inibe a ação de criminosos”, explica.
Entre as recomendações práticas estão:
- Utilizar pochetes transversais, que ficam na frente do corpo e têm zíper interno;
- Usar doleiras com proteção RFID, que impedem o roubo de dados por scanners;
- Evitar deixar o celular exposto por mais de 15 segundos em locais movimentados.
O que fazer em caso de furto ou roubo
Se o celular for levado, agir rápido é essencial. O delegado explica que tanto Android quanto iPhone possuem ferramentas que ajudam a rastrear e bloquear o aparelho à distância.
“No Android, utilize o Find My Device; no iPhone, o recurso é o Buscar Meu iPhone. Ambos permitem bloquear o aparelho, exibir mensagens na tela e até capturar fotos do criminoso pela câmera frontal”, afirma.
Além disso, o usuário deve:
- Revogar sessões ativas nos aplicativos bancários;
- Alterar imediatamente as senhas;
- Bloquear o Pix e demais transações temporariamente;
- Notificar o banco pelos canais oficiais, evitando links suspeitos.
Azevedo reforça que agir nos primeiros 30 minutos após o furto é decisivo:
“Essas medidas reduzem os prejuízos financeiros e aumentam as chances de recuperação do dispositivo.”
Fonte: ICL Notícias