Chuva de meteoros Orionídeas pode ser vista do Brasil nesta madrugada; saiba mais
Um fenômeno astronômico vai iluminar o céu do Brasil a partir desta terça-feira (21). A chuva de meteoros Orionídeas que terá pico de atividade nas madrugadas de quarta (22) e quinta-feira (23), poderá ser observado a olho nu em território nacional.
Formada por fragmentos deixados pelo cometa Halley, a chuva de meteoros poderá ser vista entre meia-noite e 2h da manhã, quando os detritos entram em combustão ao penetrar na atmosfera terrestre.
Em áreas afastadas da poluição luminosa, observadores poderão ver até 20 meteoros por hora cruzando o céu. Já nos centros urbanos, a visibilidade será menor, com estimativas entre 5 e 10 meteoros por hora, conforme informações da NASA.
“É um fenômeno recorrente e um dos mais bonitos do ano. Mesmo que a contagem por hora não seja altíssima, os rastros luminosos das Orionídeas costumam ser longos e brilhantes”, explica a NASA em comunicado.
Os meteoros viajam a aproximadamente 66 quilômetros por segundo ao atravessar nossa atmosfera. O nome do evento deriva da constelação de Órion, ponto do céu de onde os meteoros parecem se originar.
Como observar a chuva de meteoros no Brasil
Para quem deseja acompanhar o espetáculo celeste, especialistas recomendam buscar locais afastados da iluminação artificial e com ampla visão do horizonte leste. A observação a olho nu é considerada a mais adequada para visualizar a chuva de meteoros em toda sua extensão, dispensando o uso de telescópios ou binóculos.
A NASA orienta que os interessados cheguem com pelo menos 20 minutos de antecedência ao local escolhido. Este período permite que os olhos se adaptem naturalmente à escuridão, aumentando a capacidade de perceber os traços luminosos no céu noturno.
Origem do fenômeno das Orionídeas
O fenômeno das Orionídeas ocorre anualmente entre outubro e novembro, quando a órbita da Terra cruza a trilha de detritos deixada pelo cometa Halley em sua passagem pelo Sistema Solar. Embora o cometa complete sua órbita ao redor do Sol apenas a cada 76 anos, os fragmentos desprendidos de seu núcleo permanecem em sua trajetória.
Ao entrarem na atmosfera terrestre, as pequenas partículas do cometa Halley sofrem intenso atrito com o ar, provocando sua combustão instantânea. Este processo gera os riscos luminosos que poderão ser observados no céu brasileiro durante as próximas madrugadas.
Em condições ideais de observação, longe da poluição luminosa das grandes cidades, o fenômeno pode apresentar intensidade até 20 vezes superior ao normal, conforme dados da NASA. Para os habitantes de áreas urbanas, ainda será possível contemplar os meteoros mais brilhantes, desde que escolham locais com menor interferência de luzes artificiais.
Fonte: O Tempo