• muzambinho.com.br
  • Muzambinho.com
  • loja.muzambinho.com

Autismo: novas normas para tratamento e diagnóstico

Redação22 de outubro de 20254min0
autismo-152b91eb965c7d
Documento incorpora avanços científicos dos últimos quatro anos e orienta profissionais sobre métodos eficazes de identificação e intervenção.

A Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNI) publicou, em setembro, uma atualização importante nas diretrizes para diagnóstico e tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A atualização, divulgada em setembro, incorpora avanços científicos dos últimos quatro anos e orienta profissionais sobre métodos de identificação e intervenções com eficácia comprovada. O documento substitui a versão anterior, publicada em 2021.

Essa nova versão incorpora avanços científicos ocorridos nos últimos quatro anos, oferecendo orientações mais precisas para profissionais de saúde. As recomendações são direcionadas principalmente a neurologistas infantil, psiquiatras, pediatras e outros profissionais de saúde que atendem crianças com suspeita ou diagnóstico confirmado do transtorno.

O documento esclarece que instrumentos como a “Modified Checklist for Autism in Toddlers” (“Lista de Verificação Modificada para Autismo em Crianças Pequenas”) (M-CHAT), a “Escala de Pontuação para Autismo na Infância” (CAST) para crianças entre 4 e 11 anos, e o “Questionário de Comunicação Social” (SCQ) servem apenas para triagem, não para estabelecer diagnóstico definitivo.

Conforme o “Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais” (DSM-5), a SBNI reforça que a gravidade do TEA é classificada pelo nível de suporte necessário, variando do nível 1 (pouco suporte) ao nível 3 (completamente dependente). A entidade destaca que esta classificação consiste “em avaliar a necessidade que o paciente requer para as atividades da vida cotidiana e a sua independência funcional”.

A diretriz desaconselha classificar crianças recém-diagnosticadas ou muito pequenas, pois a avaliação adequada requer idade mais avançada e tempo de evolução do quadro. O diagnóstico do autismo é essencialmente clínico, baseado na observação da criança, análise de seu histórico e entrevistas com pais, podendo incluir informações de professores e outros cuidadores.

Alerta para tratamentos

A SBNI alerta sobre tratamentos sem comprovação científica que devem ser evitados, como ômega 3, vitaminas e suplementos sem deficiência diagnosticada, dieta sem glúten (na ausência de doença celíaca ou intolerância), transplante fecal, ozonioterapia, oxitocina, quelantes de metais pesados, células-tronco e óleos essenciais ou florais.

Sobre o canabidiol, a entidade informa que os estudos atuais apresentam baixa qualidade metodológica, não sendo suficientes para aprovação regulatória ou indicação clínica. Embora seu uso seja comum no tratamento do TEA, as pesquisas apresentam resultados divergentes, “muito provavelmente pela heterogeneidade do TEA”, conforme explica o documento.

Situação semelhante ocorre com o ácido folínico, forma bioativa do folato, que apresenta resultados inconsistentes nos estudos realizados até o momento.

A SBNI recomenda que os profissionais considerem o ambiente da criança durante a avaliação diagnóstica, pois situações de vulnerabilidade social, afetiva, cultural e econômica podem impactar o desenvolvimento e levar a diagnósticos incorretos.

Fonte: O Tempo

  • Muzambinho.com

Deixe um Comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios estão marcados com *