Testes genéticos para detecção do risco de câncer de mama e de ovário serão ofertados pelo SUS em MG

Minas Gerais irá garantir testes genéticos gratuitos para detecção de cânceres de mama e de ovário hereditários, a partir do próximo mês, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Serão disponibilizados 2 mil exames à população por ano. A iniciativa foi anunciada durante evento nesta terça-feira (28) no Hospital Luxemburgo, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.

De acordo com o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (PSD), os exames começam a ser oferecidos pelo SUS em novembro.

“A partir do próximo mês. Só precisamos pactuar com a UFMG, então mulheres que estão com a consulta marcada já vão poder fazer esse exame genético, que é voltado para mulheres que têm histórico familiar de câncer de mama ou de ovário”, afirma.

Fábio Baccheretti e Mateus Simões e (Valéria Marques/Hoje em Dia)

O investimento será de R$ 1,1 mil por teste, totalizando R$ 9,8 milhões por ano. A iniciativa cumpre a lei estadual 23.449 e será voltada a mulheres com histórico pessoal ou familiar das doenças, consideradas de alto risco genético.

Os testes serão realizados por meio de convênio com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O exame utiliza uma amostra de sangue ou saliva e dispensa jejum. O resultado pode ser positivo, negativo ou inconclusivo, e um resultado positivo não significa o desenvolvimento da doença, mas indica risco aumentado que requer acompanhamento contínuo.

“Minas sai na frente do resto do Brasil. (…) Estamos trazendo para a rede pública uma coisa que só existia na rede privada. Inicialmente, vamos fazer 2 mil exames, mas se for necessário fazer mais nós iremos”, afirmou o vice-governador.

‘Câncer não é sentença de morte’, diz mulher em tratamento no Mário Penna

A educadora infantil Elania Abreu de Dutra, de 39 anos, recebeu o diagnóstico de câncer de mama em novembro de 2023 e conseguiu retirar o tumor em uma fase inicial. A ex-paciente valorizou a proposta de oferecer exames genéticos gratuitos pelo SUS e reforçou que um diagnóstico maligno não é o “fim do túnel”.

“Hoje eu estou aqui para falar para vocês que o câncer não é uma sentença de morte. Tem tratamento e é possível superar. Esses projetos (exames gratuitos pelo SUS) são muito importantes para as pacientes terem acesso mais rápido ao tratamento, tanto para nós quanto para as próximas gerações”, afirmou.

Fonte: Hoje em Dia