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Dia Mundial do AVC: veja como reconhecer os sinais de um derrame

Redação29 de outubro de 20256min0
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No mundo é registrada uma morte a cada seis segundos em decorrência da doença

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame, é uma das principais causas de morte e incapacidade no Brasil, superando até mesmo o infarto. Segundo o Ministério da Saúde, mundialmente, é identificada uma morte por AVC a cada seis segundos. Ele acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a morte de células cerebrais da área que ficou sem circulação sanguínea.

Com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção, do reconhecimento rápido dos sinais e do atendimento imediato, nesta quarta-feira (29), celebra-se o Dia Mundial do AVC. Afinal, você sabe reconhecer os sinais de um derrame?

O médico neurologista e presidente da Sociedade Mineira de Neurologia Fidel Meira conta que as campanhas de conscientização buscam alertar para sinais de como detectar um AVC. “Os três principais são quando a pessoa fica com a boca torta, porque acontece uma fraqueza da musculatura de um lado da face, além da perda de força muscular em um dos lados do corpo e as alterações na fala”, esclarece.

O médico reforça também que é importante ficar atento caso exista algum problema visual, de equilíbrio e de coordenação. Qualquer sintoma como esses que começam de forma súbita, deve ser entendido como um AVC e a pessoa deve buscar ajuda imediatamente.

“Existe uma condição clínica que se chama ataque isquêmico transitório. Nesse caso falta circulação durante um tempo, o tecido cerebral vai falhar porque não tem a energia que vem com a oxigenação do sangue, mas à medida que a circulação retorna, ela volta a funcionar normal. O ataque isquêmico transitório é um sinal de alerta de que pode acontecer um AVC depois”, completa Fidel Meira.

Cada minuto conta

O lema da campanha de conscientização de 2025 é “Cada minuto conta”. Philipe Marques, médico neurologista e vice-presidente da Sociedade Mineira de Neurologia enfatiza a importância de atentar-se também a quadros de tontura, vertigem, confusão mental e alguns casos de dores de cabeça diferentes das habituais.

“A gente tem a sigla SAMU que é: Sorria, assovie, movimente. Se qualquer um desses sintomas estiver alterado, a pessoa deve procurar imediatamente o atendimento médico”, conta.

O acesso a um atendimento médico rápido pode salvar a vida de uma pessoa que teve AVC. “Um minuto de interrupção do vaso, milhões de neurônios podem morrer. Infelizmente a gente tem uma janela muito curta entre o início dos sintomas e o tratamento ideal. Então cada minuto conta, quanto mais rápido menor pode ser o dano causado”, salienta.

O AVC pode deixar sequelas, mas isso depende de diversos fatores. Fidel Meira aponta que a idade, o tratamento para restaurar a circulação sanguínea e a área do cérebro que foi afetada são alguns deles. “Se a pessoa tem um AVC que é na área da fala, a realização ou compreensão da fala pode ficar prejudicada pelo resto da vida. Se acontece numa pessoa mais jovem, ela tem uma tendência maior de recuperação, porque o cérebro tem uma plasticidade neural maior, por exemplo”, explica.

A doença é mais comum em idosos, mas os profissionais apontam que, nos últimos anos, houve um aumento significativo na ocorrência de AVC em pessoas com menos de 50 anos.  “Eu trabalho no Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro e nós fizemos um levantamento de pacientes com menos de 50 anos internados devido ao AVC Isquêmico, e 45% deles tinham hipertensão arterial. Então a gente não pode nunca negligenciar a ocorrência do AVC em uma pessoa mais jovem”, esclarece.

Quais são os tipos de AVC?

Existem dois tipos de AVC, causados por motivos diferentes. Veja quais são:

AVC Isquêmico: O mais comum, representando 85% de todos os casos. Ele ocorre quando há obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais, que acabam morrendo. Essa obstrução pode acontecer devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia).

AVC Hemorrágico: Ocorre quando há rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia. Esta hemorragia pode acontecer dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. É responsável por 15% de todos os casos, mas pode causar a morte com mais frequência do que o AVC isquêmico.

Para prevenir a doença, é importante controlar e ficar atento aos fatores de risco. “A gente deve controlar bem a pressão, a glicose e o colesterol. Além de não fumar, não beber, praticar atividade física, controlar o sobrepeso e diminuir os fatores estressantes. É importante também ter um controle médico”, pontua Philipe Marques.

Fonte: O Tempo

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