Carros por assinatura ajudam empresas de logística a reduzir custos e otimizar gestão de frotas

Empresas de logística têm enfrentado o desafio de equilibrar eficiência operacional e controle de custos em um cenário de alta competitividade. Uma alternativa que tem ganhado espaço é o modelo de carro por assinatura, que permite o uso de veículos mediante pagamento mensal fixo, incluindo despesas como manutenção, seguro, impostos e assistência 24 horas.

A modalidade vem se consolidando como uma solução financeira estratégica para companhias que buscam previsibilidade orçamentária e redução de gastos. De acordo com a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), o mercado de carros por assinatura cresceu 44% em 2024, alcançando cerca de 180 mil veículos, o que representa 20% da frota de locação de longo prazo no país.

O levantamento foi divulgado em janeiro de 2025 e indica que o modelo vem se tornando um componente relevante da gestão de frotas corporativas. Entre janeiro e setembro de 2022, a mesma entidade já havia apontado um crescimento de 16,4% nesse tipo de serviço, sinalizando uma tendência de expansão contínua.

Especialistas do setor de mobilidade corporativa afirmam que a assinatura de veículos pode reduzir em até 10% os custos totais de operação, em comparação à manutenção de uma frota própria. O dado é de um estudo publicado pelo portal O Especialista, em parceria com a Anfavea, que analisou despesas com aquisição, seguro, manutenção e depreciação em empresas com operações logísticas de médio e grande porte.

Além da economia direta, a principal vantagem da modalidade é a previsibilidade financeira. Com os custos fixos mensais, a empresa evita surpresas relacionadas a reparos, aumento no preço de peças e gastos com documentação.

Outro ponto importante é a eliminação da depreciação, já que o veículo é devolvido ao fim do contrato. Esse aspecto é especialmente relevante para empresas de logística, que dependem de uma frota sempre em operação e não podem arcar com longos períodos de inatividade.

O modelo também favorece a renovação constante dos veículos. Segundo levantamento da Quatro Rodas, com base em simulação feita pela Rico Investimentos, publicada em 2024, o custo total de manter um carro próprio por três anos, considerando IPVA, seguro, manutenção e depreciação, supera o valor pago em contratos de assinatura equivalentes.

Na prática, o contrato oferece maior previsibilidade e reduz riscos financeiros, já que eventuais imprevistos são cobertos pela locadora. Para empresas de logística interessadas na modalidade, o primeiro passo é entender quanto custa um carro por assinatura. O valor depende de fatores como modelo, quilometragem contratada, período de uso e serviços incluídos.

De modo geral, o custo mensal tende a ser menor do que o total de despesas anuais associadas à posse de um veículo próprio, especialmente quando se consideram custos imprevistos com manutenção ou substituição de veículos fora de serviço.

A adoção do modelo deve ser planejada com base em critérios técnicos. Especialistas recomendam que gestores de frota avaliem o perfil das operações, como rotas, quilometragem média e tempo de utilização, antes de escolher o plano. Outra prática eficiente é combinar frota própria e frota por assinatura, criando um modelo híbrido que oferece flexibilidade, sem comprometer o orçamento.

Estratégias para aumentar a economia

• Negociar contratos com quilometragem compatível ao uso real, evitando pagar por excesso ou insuficiência de quilometragem contratada.

• Optar por planos que incluam manutenção preventiva e veículo reserva, garantindo menor tempo de inatividade e mais previsibilidade nos custos.

• Monitorar indicadores operacionais, como tempo de inatividade, consumo de combustível e custo por quilômetro rodado, ajustando o uso conforme o desempenho da frota.

• Utilizar ferramentas de gestão de frota para acompanhar dados em tempo real e apoiar decisões estratégicas que aumentem a eficiência e reduzam os desperdícios.

O carro por assinatura ainda é uma modalidade relativamente nova no Brasil, mas seu crescimento mostra uma tendência de mudança no modo como as empresas gerenciam seus ativos. Para as companhias de logística, representa uma oportunidade de reduzir custos fixos, simplificar a operação e manter a competitividade em um setor no qual eficiência é fundamental.