Mineiros querem mudar de casa: falta de espaço e aluguel alto lideram queixas
Insatisfeitos com o tamanho do imóvel ou com o valor pago na locação, quase metade dos mineiros que moram de aluguel pretende se mudar nos próximos meses. Segundo o levantamento “Raio-X do aluguel no Brasil, da Loft em parceria com a Offerwise, 40% dos entrevistados mineiros querem sair do local onde estão. O índice é semelhante à média nacional, de 41%, e revela um comportamento mais dinâmico entre os jovens de 18 a 24 anos, faixa etária em que 56% dos entrevistados afirmaram planejar uma mudança.
Jovens são mais inquietos
Para o gerente de dados da Loft, Fábio Takahashi, o desejo de mudança está diretamente relacionado à fase da vida. “Os mais jovens são mais propensos a procurar novos ciclos, enquanto famílias maduras tendem a priorizar estabilidade”, explica.
Entre os adultos de 35 a 44 anos e os mais velhos, com 45 anos ou mais, a tendência é permanecer no mesmo imóvel: 67% e 68% dos entrevistados desses grupos, respectivamente, não pretendem se mudar.
Mais espaço e valores mais atrativos
O principal motivo apontado pelos mineiros que querem mudar é a busca por mais espaço, apontado por 21% dos entrevistados. Entre as mulheres, o percentual sobe para 26%, enquanto entre os homens é de 16%. No recorte nacional, 20% dos inquilinos citaram esse fator, sendo 25% das mulheres e 14% dos homens.
A segunda razão mais citada foi o valor do aluguel, apontada por 19% dos mineiros — acima da média nacional de 14%. “O aumento do aluguel que estamos vivendo nos últimos meses tem afetado parte importante dos inquilinos”, afirma Takahashi.
Entre os inquilinos mineiros que pretendem se mudar, 60% planejam continuar no aluguel e 40% desejam migrar para um imóvel próprio. As mulheres aparecem mais inclinadas à compra: 52% delas têm esse objetivo, enquanto 72% dos homens pretendem seguir alugando.
Em relação ao valor do próximo imóvel, 39% dos entrevistados disseram que vão buscar opções mais baratas, 48% pretendem permanecer na mesma faixa de preço e apenas 13% afirmaram estar dispostos a pagar mais.
Fonte: Diário do Comércio







