Agropecuária perde fôlego e geração de empregos cai 21% no 1º semestre
A queda no número de contratações da agropecuária derrubou a geração de empregos nas maiores cidades do Sul de Minas no 1º semestre de 2018 em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgados no fim da semana passada. Comparando os dois períodos, as maiores cidades do Sul de Minas registraram queda de 21% na geração de empregos.
Conforme os novos números, os 10 maiores municípios da região geraram no acumulado de todos os setores, 5.370 vagas de emprego nos primeiros seis meses deste ano contra 6.514 vagas formais geradas no mesmo período de 2017.
A agropecuária, representada principalmente pelo período de colheita do café, foi o setor da economia que apresentou maior queda na geração de empregos: -856 vagas em relação ao mesmo período do ano passado. Até junho de 2017, o setor gerou 5.228 vagas de trabalho. Já até junho deste ano, foram 4.372 vagas geradas. Mesmo com a queda, o setor continua como o principal gerador de empregos da região.
Outro setor que diminuiu o número de contratações em relação a 2017 é o de serviços. De janeiro a junho do ano passado, o setor registrou abertura de 1.642 postos de trabalho na região. Já de janeiro a junho deste ano, o número de vagas abertas caiu para 1.221.
A construção civil também contratou menos, mas ainda registrou números positivos. Foram 145 vagas geradas no 1º semestre de 2018, contra 319 dos primeiros seis meses de 2017.
O comércio voltou a registrar números negativos de contratação no 1º semestre deste ano, mas demitiu menos que o mesmo período de 2017. Neste ano, foram 655 vagas fechadas até junho contra 819 vagas fechadas no mesmo período do ano passado.
Desempenho dos municípios
Entre os municípios, o destaque é para Três Pontas (MG), que gerou 1.546 vagas de emprego no 1º semestre, sendo 79% dessas vagas na agropecuária. Pouso Alegre e Alfenas também se saíram bem com 1.050 e 1 mil vagas geradas respectivamente. No caso de Pouso Alegre, o destaque foi o setor de serviços, que gerou 58% das vagas. Em Alfenas, a agropecuária também foi o carro chefe de geração de empregos.
Entre os municípios que decepcionaram, o que registrou maior queda na geração foi Itajubá, que fechou 340 vagas de emprego nos primeiros seis meses do ano. O número negativo teve como principal protagonista a indústria, que fechou 311 vagas no ano.
Poços de Caldas, que havia fechado 260 vagas no acumulado dos seis primeiros meses de 2017, apresentou melhora tímida no 1º semestre de 2018, com geração de 94 novos postos de trabalho. Na cidade, a construção civil foi destaque com geração de 315 vagas de trabalho. Já a indústria fechou 254 vagas.
Fonte: G1.com.br