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De janeiro a junho, a cada três dias uma mulher foi vítima de feminicídio em Minas

Julia Toledo11 de setembro de 20185min0
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Registros de feminicídio consumado ou tentado estão cada vez mais comuns no estado. Em BH, mulher baleada em clube já havia registrado dois BOs contra ele

Mesmo registrando dois boletins de ocorrência contra o ex-companheiro, um por lesão corporal, em agosto, e outro por ameaça, em 2011, Fernanda Regiane Rodrigues, de 35 anos, não escapou de ser assassinada por ele dentro de um clube em Belo Horizonte. Eli Rodrigues de Souza, de 46, foi indiciado por feminicídio – homicídio contra a mulher motivado por menosprezo, discriminação ou por violência doméstica.

De janeiro a junho deste ano, a cada três dias uma mulher foi vítima de feminicídio. Levantamento do Estado de Minas mostra que, de julho até setembro, ao menos outras 10 ocorrências que se enquadram na tipificação desse crime foram registradas no estado. Registros de feminicídio consumado ou tentado estão cada vez mais comuns em Minas Gerais. Dados da Polícia Civil mostram que, de janeiro a junho, 61 mulheres foram assassinadas por motivos de menosprezo ou discriminação, ou por razões de violência doméstica. No mesmo período do ano passado foram 62 ocorrências. Já em relação à tentativa de feminicídio, são 126 casos de no primeiro semestre no Estado, aproximadamente um caso a cada dois dias. De janeiro a junho de 2016, foram 150 registros.

No caso de Fernanda, a violência por parte de Eli já vinha sendo registrada havia alguns anos. Levantamentos feitos pela Polícia Civil mostram que há aproximadamente um mês o homem atacou a ex-companheira. Segundo o histórico do boletim de ocorrência, durante uma discussão, Eli pegou uma faca de cozinha e a agrediu. Fernanda sofreu escoriações no rosto, mãos e outras partes do corpo. O motivo seria o fim do relacionamento. Em 2011, ela acionou a polícia depois de ter sido ameaçada, também durante uma discussão do casal.

O fim trágico ocorreu na tarde de domingo. Eli atirou contra a ex-mulher dentro de um clube na Região do Barreiro, em Belo Horizonte. A vítima foi atingida por oito tiros. A mãe dela, de 50, e o pai, de 53 anos, também ficaram feridos e foram levados para um hospital da capital mineira. Os crimes foram presenciados pelos filhos e outros familiares da vítima. Depois do crime, Eli tentou fugir em um HB20. Policiais militares foram acionados e conseguiram encontrar com o homem ainda dentro do carro, mas ele não acatou a ordem de descer e acelerou. Houve perseguição. Quando a viatura conseguiu cercar o carro, segundo a PM, ele desembarcou com arma em punho e ameaçou atirar contra os policiais, que dispararam contra o autor. Eli foi ferido e encaminhado para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, onde permanecia hospitalizado sob escolta do sistema prisional de Minas até o fechamento desta edição. Ontem ele foi autuado em flagrante por feminicídio e duas tentativas de homicídio contra os pais da vítima.

No mesmo dia do assassinato de Fernanda, outra mulher foi atacada em Belo Horizonte. Na madrugada de domingo, um homem de 20 anos invadiu a casa da ex-companheira, no Bairro Primeiro de Maio, na Região Norte, para tentar agredi-la. O pai dela teve o olho furado por um objeto cortante ao defender a filha, de 17. A jovem chamou a polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que levou o pai para um hospital na área central da capital. Segundo a PM, o autor vinha ameaçando a vítima desde o fim do relacionamento dos dois.

 

Fonte: Em.com.br

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