Bolsa dispara com o perfil conservador na Câmara

O mercado financeiro reagiu ao resultado das urnas. Já no primeiro dia de operação a Bolsa fechou em alta de 4,57%, aos 86.083 pontos, nível mais elevado em quase cinco meses. O dólar fechou em baixa de 2,40%, aos R$ 3,76, menor cotação em dois meses. Um cenário mais conservador e fragmentado com 30 legendas a Câmara dos Deputados teve reduzido em 48% a representatividade de partidos como o MDB e 46% menor no caso do PSDB quando comparamos o resultado de 2018 com 2014. A composição mais conservadora e a renovação de 52% dos congressistas levaram o Ibovespa, a movimentar 28,9 bilhões só na segunda-feira, o maior volume nominal da historia. O que mostra que o investidor está otimista no caso do perfil do Congresso o que poderá permitir a Bolsonaro, caso ganhe no segundo turno o encaminhamento de reformas econômicas.

A eleição renovou 243 das 513 cadeiras da Câmara, a maior proporção em 20 anos. A participação das mulheres também aumentou, a bancada feminina passou de 51 para 77. No Senado, 46 das 54 cadeiras ganharam novos donos. Outro dado interessante é que as projeções indicam que 14 dos 35 partidos não cumprirão a cláusula de barreira e perderão acesso ao fundo partidário e à propaganda na TV em 2019.

A equipe de Jair Bolsonaro (PSL) está reunindo apoio do setor privado para levar executivos ao governo, caso vença o segundo turno das eleições no dia 28. São aguardados Maria Silvia Bastos Marques, CEO da Goldman Sachs no país e ex-presidente do BNDES, e Roberto Campos Neto, diretor do Santander e neto do renomado economista liberal.