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Convidados atingidos por explosão em casamento tiveram que pular em fonte para escapar do fogo

Julia Toledo15 de outubro de 20188min0
Sem Título-1
Uma pessoa morreu e sete ficaram feridas em São Pedro da União; três ainda estão em estado grave.

Por EPTV – G1 Sul de Minas

Os convidados que foram atingidos pela explosão de um galão com álcool durante uma festa de casamento em São Pedro da União (MG), no último sábado (13), tiveram que sair correndo e pular na água de uma fonte para tentar apagar o fogo. Uma pessoa morreu e sete ficaram feridas. Três permanecem internadas.

“Teve um rapaz, eu não lembro o nome dele, mas pegou fogo nele também que eu vi, ele saiu correndo na minha frente, ele já foi direto, já correu e pulou nessa água. Mas teve gente que não teve essa reação”, contou o advogado Marcus Souza, que estava na festa.

Segundo o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, o acidente aconteceu quando um garçom do buffet contratado da festa foi abastecer um recipiente com álcool utilizado para derreter queijos e petiscos. Ao abrir o galão, ele não teria percebido que ainda havia chamas no recipiente, o que causou a explosão. Segundo o advogado, a festa reuniu cerca de 300 convidados. Ele estava bem perto de onde as chamas começaram.

“Tinha um fogareiro para as pessoas queimarem os espetinhos de queijo, que ali passava no fogo aquele queijinho e comia. Como era com álcool esse fogareiro, acabava o álcool e eles iam repondo. Eu vi o garçom repondo uma vez e não aconteceu nada, quando ele for repor a segunda vez eu fiquei olhando, já com medo de acontecer alguma coisa, foi o momento que acho que ele não reparou, que devia ter um fogo baixo de álcool, que o fogo de álcool fica um pouco transparente, você não enxerga muito bem. No que ele virou o galão, e era um galão de 5 litros, esse galão de posto de gasolina, a boca dele é muito larga, então no que ele virou o galão pegou fogo no álcool e ele explodiu”, contou o advogado.

A professora Flávia Cristina de Souza, de 35 anos, deu entrada na UTI com queimaduras de 3º grau na cabeça e tórax, mas não resistiu aos ferimentos. Outras três pessoas também deram entrada na UTI com diversas queimaduras. Outras quatro pessoas, incluindo o garçom, sofreram apenas ferimentos leves.

Uma das vítimas, Lúcia Maria da Silva Cecílio, de 47 anos, que é de Cabo Verde, teve de 60 a 69% do corpo queimado. Ela está internada na UTI da Santa Casa de Guaxupé. No sábado, uma decisão Judicial determinou que a prefeitura conseguisse uma transferência para a paciente para alguma unidade especializada, o que não aconteceu. A família chegou a conseguir uma vaga para ela em Ribeirão Preto (SP), mas um laudo médico atestou que ela não tinha condições de ser transferida.

“A ordem judicial foi no sentido bem claro de que o município de Cabo Verde deve arcar com os custos do transporte para o tratamento em uma unidade especializada, seja no João XXIII ou seja em uma unidade particular, devendo arcar com os custos desse tratamento”, completou o advogado.

No local da festa não pegava sinal de celular e por isso o Samu demorou a ser acionado. As vítimas foram socorridas pelos próprios convidados.

“Eu mesmo levei duas queimadas, ‘pus’ no carro e levei para Guaxupé, virou aquele tumulto, o pessoal todo nervoso (Sic)”, disse o agricultor Luiz Afonso de Carvalho.

A fazenda onde a festa foi realizada fica em São Pedro da União (MG). O dono do local, que não quis dar entrevista, disse que só alugou o espaço. O buffet era de Mogi Guaçu (SP) e deixou a cidade no domingo. Segundo o boletim de ocorrência, o garçom que abriu o galão de álcool, de 22 anos, sofreu ferimentos leves. Abalados, os noivos também não quiseram falar sobre o acidente.

A maior parte dos convidados da noiva é de Cabo Verde (MG). No município, o clima era de luto e de expectativa para que os outros convidados feridos se recuperem.

“A cidade está muito triste, porque a gente na verdade é uma cidade pequena, em que todo mundo é parente, todo mundo é conhecido. Como houve uma morte e agora tem uma pessoa que está muito necessitada de uma transferência, a gente está focando nisso, a gente precisa urgente dessa transferência e quanto mais demorar mais risco de vida ela está correndo”, disse a comerciante Lia Mara Pereira.

Estado das vítimas
Segundo a Santa Casa de Guaxupé, as três vítimas que foram trazidas para cá continuam internadas. Leandro Possidônio de Assis Ribeiro, de 34 anos, que é marido de Flávia Cristina de Souza, que morreu, continua em estado grave. Leandro teve queimaduras no rosto, pescoço, tronco e nas pernas. Segundo o hospital, ele deixou a UTI e está internado no quarto da Santa Casa.

Já Alice Gabriele da Silva Cecílio, que irá completar 15 anos no dia 29, está em estado grave com queimaduras de 2º grau no tórax, couro cabeludo e nas mãos. A adolescente foi transferida para o quarto.

Outra vítima da explosão, Lúcia Maria da Silva, de 47 anos, está em estado gravíssimo. Ele sofreu queimaduras no rosto, pescoço, tronco e pernas. Até o início da tarde desta segunda-feira (15), ela ainda não tinha sido transferida para nenhuma outra unidade.

A assessoria de comunicação do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte (MG), especializado no tratamento de pessoas com queimaduras, disse que por enquanto o hospital não pode receber a paciente por falta de vagas na UTI.

A EPTV Sul de Minas, afiliada Rede Globo, tentou falar com o garçom Lucas Moreira Rodrigues, mas não conseguiu contato. Ele sofreu queimadura leve no antebraço direito e também já foi liberado. A EPTV também tentou contato com os responsáveis pelo Buffet Crisol, mas ninguém atendeu as ligações.

A polícia registrou o caso como imprudência, negligência e imperícia.

 

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Fonte: G1.com.br

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