Zema recua em propostas de privatizações da Cemig e Copasa
O candidato ao governo de Minas Gerais Romeu Zema (Novo), em entrevista ao G1 nesta terça-feira (16), recuou das propostas de privatizações da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). “Eu havia mencionado que nós tínhamos como plano privatizar ai a Cemig, a Copasa, etc. Mas hoje essas empresas estão mal gerenciadas, com valor de mercado muito pequeno e nós não vamos vender nada barato”, afirmou.
Zema prometeu profissionalizar as estatais para que o consumidor seja melhor atendido. “O que eu quero é que estas empresas tenham uma gestão profissional, que atendam bem o consumidor e se possível comecem a ter concorrentes para poder ter comparação de preços e de serviços”, disse. Ele afirmou que “bem lá na frente” pode privatizar, “mas talvez nem seja necessário”.
O candidato do partido Novo falou também sobre a segurança no estado. Zema reafirmou sua defesa pelo armamento, para quem deseja ter uma arma. Ele ainda criticou a gestão “política” da Polícia Civil no estado e prometeu dar mais autonomia para a corporação. “Eu quero a Polícia Civil imune de qualquer influência política. […] Ela é vítima, vamos dizer, de chantagem política”.
O candidato apontou um exemplo de como funciona essa influência política. “O delegado da Polícia Civil de Uberaba. Se ele está investigando um crime que incomoda algum poderoso, eles vão transferi-lo lá pra Nanuque amanhã”.
Zema disse ainda, sobre a população carcerária, que defende que algumas punições como o não pagamento de pensão sejam com o uso de tornozeleira eletrônica e não prisão.
Ele prometeu indicações técnicas para a saúde e para o secretariado. Afirmou que não pretende cobrar mensalidades nas universidades do estado, mas realizar parcerias para pesquisas e formação de profissionais. Afirmou que pretende usar Parcerias Público Privadas (PPPs) em estradas.
O candidato também disse que vai avaliar todas as autarquias do estado para identificar custos e serviços à comunidade e à população. Ele desconhecia o que era a Funed (Fundação Ezequiel Dias), um importante centro de pesquisa, produção de medicamentos e vigilâncias em saúde do estado.
No pinga-fogo, Zema afirmou ser a favor da redução da maioridade penal, da retomada dos trabalhos da Samarco, das reformas trabalhista e da previdência, além da reforma agrária. Zema disse ainda ser contra a liberação do aborto e a legalização da maconha.
O canditato também concedeu entravista ao MG2.
Entrevistas ao governo de MG
O candidato, Romeu Zema, foi entrevistado pelo G1 nesta terça-feira (16). Ele concorre no segundo turno com Antonio Anastasia (PSDB). Zema foi o candidato mais votado no primeiro turno com 4.138.967 votos (42,73% dos votos válidos) e Anastasia teve 2.814.704 votos (29,06%).
Romeu Zema é de Araxá, tem 53 anos e é empresário. Ele participa de uma eleição pela primeira vez.
Nesta segunda-feira (15), seria a vez de Antonio Anastasia. Por sorteio na presença dos assessores dos dois candidatos, ficou estabelecida a ordem das entrevistas. Porém, ele enviou uma carta à Globo Minas comunicando que não participaria da entrevista.
Fonte: G1.com.br