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Zema recua em propostas de privatizações da Cemig e Copasa

Julia Toledo17 de outubro de 20184min0
zema
Candidato ao governo de MG pelo partido Novo prometeu uma gestão da Polícia Civil ‘imune de qualquer influência política’. Ele também prometeu indicações técnicas para a saúde e para o secretariado.

O candidato ao governo de Minas Gerais Romeu Zema (Novo), em entrevista ao G1 nesta terça-feira (16), recuou das propostas de privatizações da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). “Eu havia mencionado que nós tínhamos como plano privatizar ai a Cemig, a Copasa, etc. Mas hoje essas empresas estão mal gerenciadas, com valor de mercado muito pequeno e nós não vamos vender nada barato”, afirmou.

Zema prometeu profissionalizar as estatais para que o consumidor seja melhor atendido. “O que eu quero é que estas empresas tenham uma gestão profissional, que atendam bem o consumidor e se possível comecem a ter concorrentes para poder ter comparação de preços e de serviços”, disse. Ele afirmou que “bem lá na frente” pode privatizar, “mas talvez nem seja necessário”.

O candidato do partido Novo falou também sobre a segurança no estado. Zema reafirmou sua defesa pelo armamento, para quem deseja ter uma arma. Ele ainda criticou a gestão “política” da Polícia Civil no estado e prometeu dar mais autonomia para a corporação. “Eu quero a Polícia Civil imune de qualquer influência política. […] Ela é vítima, vamos dizer, de chantagem política”.

O candidato apontou um exemplo de como funciona essa influência política. “O delegado da Polícia Civil de Uberaba. Se ele está investigando um crime que incomoda algum poderoso, eles vão transferi-lo lá pra Nanuque amanhã”.

Zema disse ainda, sobre a população carcerária, que defende que algumas punições como o não pagamento de pensão sejam com o uso de tornozeleira eletrônica e não prisão.

Ele prometeu indicações técnicas para a saúde e para o secretariado. Afirmou que não pretende cobrar mensalidades nas universidades do estado, mas realizar parcerias para pesquisas e formação de profissionais. Afirmou que pretende usar Parcerias Público Privadas (PPPs) em estradas.

O candidato também disse que vai avaliar todas as autarquias do estado para identificar custos e serviços à comunidade e à população. Ele desconhecia o que era a Funed (Fundação Ezequiel Dias), um importante centro de pesquisa, produção de medicamentos e vigilâncias em saúde do estado.

No pinga-fogo, Zema afirmou ser a favor da redução da maioridade penal, da retomada dos trabalhos da Samarco, das reformas trabalhista e da previdência, além da reforma agrária. Zema disse ainda ser contra a liberação do aborto e a legalização da maconha.

O canditato também concedeu entravista ao MG2.

Entrevistas ao governo de MG
O candidato, Romeu Zema, foi entrevistado pelo G1 nesta terça-feira (16). Ele concorre no segundo turno com Antonio Anastasia (PSDB). Zema foi o candidato mais votado no primeiro turno com 4.138.967 votos (42,73% dos votos válidos) e Anastasia teve 2.814.704 votos (29,06%).

Romeu Zema é de Araxá, tem 53 anos e é empresário. Ele participa de uma eleição pela primeira vez.

Nesta segunda-feira (15), seria a vez de Antonio Anastasia. Por sorteio na presença dos assessores dos dois candidatos, ficou estabelecida a ordem das entrevistas. Porém, ele enviou uma carta à Globo Minas comunicando que não participaria da entrevista.

 

Fonte: G1.com.br

Julia Toledo


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