Mercado financeiro reduz expectativa de inflação para 2018
Analistas de instituições financeiras reduziram pela segunda semana consecutiva sua estimativa de inflação para este ano.
As previsões constam no boletim de mercado, também conhecido como relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (5) pelo Banco Central. O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, o mercado financeiro reduziu a previsão de 4,43% para 4,40% para este ano.
A expectativa do mercado ainda segue pouco abaixo da meta de inflação, que é de 4,5% neste ano, e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema. A meta terá sido cumprida se o IPCA ficar entre 3% e 6% em 2018.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2019, os economistas das instituições financeiras mantiveram sua expectativa de inflação estável em 4,22%. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerência do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
ESTIMATIVAS DO RELATÓRIO FOCUS
PREVISÃO | 2018 | 2019 |
Produto Interno Bruto (PIB) | 1,36% | 2,50% |
Inflação | 4,40% | 4,22% |
Taxa básica de juros (Selic) | 6,50% | 8% |
Dólar | R$ 3,70 | R$ 3,80 |
Balança comercial (saldo) | US$ 56,4 bilhões | US$ 49 bilhões |
Investimento estrangeiro direto | US$ 67 bilhões | US$ 70 bilhões |
Produto Interno Bruto
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, a previsão do mercado financeiro ficou estável em 1,36% na semana passada.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Para o ano que vem, a expectativa do mercado para expansão da economia seguiu inalterada em 2,50%.
Os economistas dos bancos não alteraram, porém, a previsão de expansão da economia para 2020 e para 2021 – que continuou em 2,5% para esses anos.
Outras estimativas
Taxa de juros – O mercado manteve estável em 6,50% ao ano a estimativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao final de 2018 – atual patamar e piso histórico. Para o fim de 2019, a expectativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Deste modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.
Dólar – A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 recuou de R$ 3,71 para R$ 3,70 por dólar. Para o fechamento de 2019, permaneceu estável em R$ 3,80 por dólar.
Balança comercial – Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2018 subiu de US$ 56 bilhões para US$ 56,4 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit subiu de US$ 48,2 bilhões para US$ 49 bilhões.
Investimento estrangeiro – A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, permaneceu em US$ 67 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas continuou US$ 70 bilhões.