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Desemprego aumenta e atinge 12,9 milhões no 1º trimestre do ano

Redação30 de abril de 20203min0
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O desemprego aumentou e atingiu 12,9 milhões de brasileiros no 1º trimestre do ano, segundo a PNAD Contínua, divulgada nesta quinta-feira (30) pelo IBGE.

A taxa de desocupação ficou em 12,2%, frente a 11% no trimestre anterior (de outubro a dezembro de 2019), quando havia  11,6 milhões de brasileiros desempregados. Em contrapartida, a taxa foi menor do que a registrada no primeiro trimestre de 2019 (12,7%).

Segundo a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, não há dados suficientes que mostrem o impacto da pandemia de coronavírus neste período. O isolamento social começou em março em diversas cidades brasileiras.

Adriana diz que o crescimento na taxa era esperado, devido às características do período. “O primeiro trimestre de um ano não costuma sustentar as contratações feitas no último trimestre do ano anterior. Essa alta na taxa, porém, não foi a das mais elevadas. Em 2017, por exemplo, registramos 1,7 p.p.”, afirma. O rendimento médio real ficou em R$ 2.398 no primeiro trimestre do ano.

Adriana afirma que este foi o maior recuo de toda a série histórica e refletiu nos serviços domésticos (-6,1%), que também apresentou a maior queda da série. O recuo de 7% no emprego sem carteira assinada do setor privado também foi recorde. Emprego com carteira e o conta própria sem o CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) também caíram.

Além disso, a taxa de informalidade atingiu 39,9% da população ocupada, o que significa que 36,8 milhões de trabalhadores estão nesta situação. Segundo Adriana, das 2,3 milhões de pessoas que deixaram o contingente de ocupados, 1,9 milhão é de trabalhadores informais.

Metodologia da pesquisa

Normalmente, o IBGE faz a coleta de dados para a Pnad de forma presencial, mas, por causa da pandemia, desde o dia 17 de marços todos as informações usadas em pesquisas estão sendo obtidas pelo telefone.

O IBGE diz que a taxa de resposta da PNAD Contínua em março de 2020 foi de 61,3% (em janeiro foi de 88,4% e fevereiro 87,9%). “Frente a essa performance, foram feitas análises sobre os impactos na taxa de desocupação e rendimento médio habitual, em que não se observou aumento significativo nos coeficientes de variação, tornando viável a divulgação dos dados do primeiro trimestre de 2020”.

Fonte: R7

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